No Dia Internacional da Síndrome de Down, ALMG promove reunião sobre o tema
Defesa da Pessoa com Deficiência busca conscientizar população quanto à importância da igualdade e da inclusão desse público.
20/03/2023 - 14:00 - Atualizado em 20/03/2023 - 18:22Na data em que se celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, a Comissão de Defesa da Pessoa com Deficiência promove audiência pública sobre o tema. Solicitada pelo deputado Grego da Fundação (PMN), a reunião acontece nesta terça-feira (21/3/23), às 15h30, no Auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
De acordo com o requerimento do parlamentar, o Dia Internacional da Síndrome de Down faz referência aos três cromossomos no par 21, que caracterizam a condição genética dessas pessoas. Elas nascem com três cópias do cromossomo 21 em todas as células, em vez de duas cópias, como é mais comum. Os indivíduos com a síndrome têm 47 cromossomos em suas células em vez dos 46, presentes na maior parte da população.
Histórico
A síndrome foi descrita pela primeira vez em 1866 pelo médico e pesquisador John Langdon Down. A escolha da data foi proposta pelo Brasil e aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2011. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre a necessidade de direitos igualitários, inclusão e bem-estar dos indivíduos com Síndrome de Down em todas as esferas sociais.
A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down estima que, no Brasil, a condição genética ocorra em 1 a cada 700 nascidos, o que representa cerca de 270 mil pessoas no País. No mundo, a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos.
Luta por direitos
Anualmente, no dia 21 de março, são realizados eventos e atividades que enfocam a luta desse público por direitos. Nesse sentido, Grego da Fundação, que é pai de um adolescente com a síndrome, buscou criar no Parlamento um espaço para debater políticas de atenção e inclusão desse segmento.
Segundo o gabinete do parlamentar, na audiência, haverá uma ação cultural com a finalidade de “levar alegria e celebração à vida”. O deputado solicitou ainda a iluminação do Palácio Tiradentes nas cores azul e amarelo, que simbolizam a luta pela igualdade, independente de fatores genéticos.
Exposição fotográfica
“Histórias que inspiram, vidas que se transformam”. Esse é o título da exposição fotográfica produzida e estrelada por pessoas com e sem deficiência, atendidas pelo Instituto Mano Down, organização sem fins lucrativos que atua na promoção de desenvolvimento, autonomia e inclusão de pessoas com síndrome de Down e outras deficiências intelectuais.
A exposição, também contemplada na programação da audiência, busca mostrar para a sociedade as potencialidades das pessoas com deficiência, através de imagens e relatos de jornadas singulares. São 10 painéis de fotos de educandos e familiares, além de um QR Code que direciona para um vídeo.
Segundo Leonardo Gontijo, presidente e fundador do Instituto Mano Down, a exposição se faz necessária diante da invisibilidade social enfrentada pelas pessoas com deficiência. Ele afirmou que sonha com o dia em que exposições como essa não serão mais necessárias, mas há ainda muito chão a percorrer para que a inclusão aconteça plenamente.
A exposição já foi exibida em ouros locais da Capital. Em 2021, foi levada ao Shopping Del Rey, na campanha mundial do Dia de Doar – ação para conscientização sobre a cultura de doação em todo o mundo. Já em 2022, a mostra ocorreu na sede do Instituto Mano Down, durante a Caminhada pela Inclusão e abertura do primeiro ecossistema da inclusão e inovação social de Belo Horizonte.
As fotografias ficam na Galeria de Arte da Assembleia de 21 a 27/3.
Foram chamados à reunião representantes dos Poderes Executivo e Judiciário, além de membros da Defensoria e Ministério Públicos; e ainda: dirigentes de entidades de defesa das pessoas com deficiência.

