Comissão das Mulheres será permanente na ALMG
Combate às violências e estímulo à participação feminina na política estarão entre as principais pautas.
31/07/2018 - 15:47AINDA NÃO HÁ DATA CONFIRMADA PARA O LANÇAMENTO NO SALÃO NOBRE NEM PARA A LEITURA EM PLENÁRIO OU A ELEIÇÃO DOS NOVOS MEMBROS. AGUARDAR DEFINIÇÕES PARA PUBLICAR. INFORMAÇÕES COM HARMONIA (CONSULTORIA) OU DANIELA, GABINETE MARÍLIA (98591-0500).
Promover a igualdade entre homens e mulheres e o combate à discriminação de qualquer natureza. Essa será uma das principais funções da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que a partir desta quarta-feira (8/8/18) deixa de ser temporária e passa a ser permanente. A mudança foi possível com a aprovação do Projeto de Resolução (PRE) 49/17, de autoria da Mesa da Casa, no dia 23 de julho.
A Comissão das Mulheres foi criada em caráter extraordinário em 2015 e, desde então, tem discutido a situação das mulheres no Estado e a necessidade de maior participação feminina na política. Com sua transformação em comissão permanente, essas discussões poderão ser aprofundadas.
Dentre as matérias de competência da comissão, estão o estímulo à ampliação da representação feminina na política; o fomento a políticas públicas, sociais e econômicas pertinentes às mulheres; a promoção da autonomia das mulheres e o combate às violências e ao feminicídio; e a garantia de espaços de visibilidade e de discussão de temáticas que impactam a vida das mulheres.
Debates relevantes foram base para trabalho da comissão
Ao longo dos últimos anos, a comissão extraordinária, presidida pela deputada Marília Campos (PT), se destacou por promover diversos debates sobre temáticas de interesse das mulheres, como a participação feminina na política e a igualdade de gênero.
Em novembro de 2015, em reunião conjunta com a Comissão de Participação Popular, as deputadas discutiram, com representantes do governo do Estado, o Orçamento Mulher, extrato do orçamento da União contendo ações para melhorar a qualidade de vida das mulheres brasileiras.
Durante a audiência, falou-se da importância de um orçamento sensível a gênero, numa tentativa de garantir a efetividade de recursos para as políticas públicas, garantindo-se o acesso das mulheres ao exercício pleno da cidadania.
Em agosto do ano passado, a comissão recebeu a representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, para falar sobre a iniciativa global “Por um Planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo para a igualdade de gênero”.
Nadine apresentou dados do Ibope Inteligência que comprovam que oito em cada dez brasileiros consideram que as cidades precisam ser mais igualitárias e que 75% da população quer políticas de promoção da igualdade entre mulheres e homens.
Em setembro de 2017, a comissão discutiu a situação das mulheres privadas de liberdade. A falta de preparo do Estado ao lidar com as detentas, ao não fornecer acesso à saúde, à educação e às demais modalidades de assistência previstas em lei, foi apontada pela coordenadora da Pastoral Carcerária, Cristiane Pereira Leite.
Ela citou situações de falta de estrutura mínima para a população carcerária do sexo feminino, que cresceu 567% de 2000 a 2014. “Há mulheres que deram à luz os seus filhos no chão de uma prisão e os amamentam pela grade. Elas cometeram crimes, mas continuam sendo seres humanos”, afirmou.
Marcando o Dia Internacional da Mulher em 2018, a comissão esteve à frente de programação realizada pela ALMG durante todo o dia na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte.
“Queremos nos aproximar das pessoas, daqueles que querem que os direitos das mulheres avancem. Queremos dar visibilidade à nossa luta e encorajar mais mulheres a resistir e lutar”, afirmou a deputada Marília Campos na ocasião. Representantes de várias entidades estiveram presentes no evento, lembrando a importância da data como marco de resistência.