Notícias

Projeto de incentivo ao aleitamento materno pode voltar ao Plenário

Proposição cria política estadual e recebeu parecer de 2º turno na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

03/06/2025 - 15:20
Imagem

O Projeto de Lei (PL) 1.169/23, que trata da política estadual de promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável, já pode voltar ao Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para aprovação definitiva.

De autoria da deputada Lohanna (PV), a proposição recebeu parecer favorável de 2º turno nesta terça-feira (3/6/25), na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Botão

A relatora, deputada Ana Paula Siqueira (Rede), opinou pela aprovação na forma do vencido, texto aprovado pelo Plenário no 1º turno, após modificações em relação ao projeto original.

A proposição estabelece oito diretrizes da nova política:

  • promoção da conscientização da população sobre a importância do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável
  • estímulo à amamentação em creches, escolas e ambientes de trabalho, entre outros
  • incentivo à qualificação dos profissionais de saúde para apoiar o fortalecimento, o planejamento, a implementação e a avaliação de ações de promoção ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável
  • desenvolvimento de ações contínuas de mobilização social para apoiar o aleitamento materno e a doação de leite materno
  • fomento à expansão da rede de postos de coleta de bancos de leite humano
  • incentivo à implementação, nos locais de trabalho, de salas destinadas ao aleitamento materno, à coleta e ao armazenamento de leite materno por trabalhadoras lactantes
  • incentivo à alimentação saudável na infância, de acordo com a realidade local
  • estímulo à adesão a programas de incentivos ou isenções fiscais por empresas que apoiem o aleitamento materno por parte de suas trabalhadoras.

O objetivo da proposição é contribuir para o aumento da prevalência de crianças amamentadas de forma exclusiva até os seis meses de idade e de crianças amamentadas até os dois anos de idade ou mais.

Também busca auxiliar na formação de hábitos alimentares saudáveis desde a infância, reduzir o número de crianças que recebem alimentos precocemente e melhorar o perfil nutricional desse público.

O PL 1.169/23 dispõe que o Estado poderá formar tutores para implementar a política nos municípios, bem como poderá acompanhar o processo de implementação.

Em seu parecer, Ana Paula Siqueira argumentou que a nutrição deficitária nos primeiros estágios da vida pode danificar de forma irreversível o crescimento físico e cerebral do bebê. Ainda segundo destacou, o leite materno protege o bebê e também a mãe.

A deputada citou estudo segundo o qual as mulheres que amamentam, em comparação com as que não amamentam ou amamentam menos, têm redução de 32% no risco de desenvolver diabetes tipo II, de 26% para câncer de mama e de 37% para câncer de ovário.

Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher - análise de proposições

Receba as notícias da ALMG

Cadastre-se no Boletim de Notícias para receber, por e-mail, as informações sobre os temas de seu interesse.

Assine