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Presidente da ALMG alerta que RRF não soluciona a dívida do Estado, mas é a única opção neste momento

Em entrevista à imprensa nesta segunda (23), Tadeu Martins Leite afirmou que o Plano de Recuperação Fiscal apresentado pelo governo de Minas apenas posterga o problema.

23/10/2023 - 18:04 - Atualizado em 23/10/2023 - 19:02
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O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite (MDB), afirmou, nesta segunda-feira (23/10/23), que o Plano de Recuperação Fiscal enviado pelo Governo do Estado à ALMG há uma semana não resolve o problema da dívida de Minas Gerais, mas é a unica opção viável para o momento.

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Tadeu Martins Leite lembrou que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) não prevê perdão ou desconto na dívida do Estado com a União. “Os valores que não serão pagos nesses próximos nove anos vão ser jogados para frente, aumentando a dívida de Minas. Mas nesse momento a discussão do plano é a única opção apresentada.”

O presidente da ALMG ressaltou que é importante encontrar outros caminhos. “Precisamos fazer uma discussão junto a Brasília, envolvendo vários atores, para enfrentar o problema em si e não somente postergar a dívida”, disse.

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Plano de recuperação fiscal será debatido à exaustão

Durante a coletiva à imprensa, Tadeu Martins Leite informou que a tramitação formal do projeto começa nesta semana na ALMG. Nesta terça (24), às 14 horas, será realizada a audiência pública conjunta das Comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária, de Administração Pública e de Constituição e Justiça. Os secretários de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, e de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, vão apresentar o plano e esclarecer dúvidas.

Já na quarta-feira (25), o projeto de lei será recebido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Nos dias seguintes (26 e 27), a ALMG promove o Ciclo de Debates Endividamento de Minas Gerais. A programação da tarde de sexta (27) prevê um painel sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e alternativas.

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Dívida do Estado com a União chega a 156 bilhões 

Minas Gerais viu sua dívida total saltar de cerca de R$ 18 bilhões em 1998 para mais de R$ R$ 165 bilhões em 2023. Desse total, cerca de R$156 bilhões referem-se à dívida do Estado com a União.

Desde o final de 2018, o pagamento das parcelas da dívida com a União está suspenso por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). O Estado tem até 20 de dezembro para aderir ao RRF, sob pena de ser obrigado a retomar o pagamento.

O presidente da ALMG afirmou que é possível fazer a discussão nesse prazo, mas reforçou a necessidade de buscar alternativas.

“O Plano de Recuperação Fiscal prevê medidas duras, mas que não resolvem a dívida de Minas, que é uma dívida histórica, um problema grave, que vai afetar ainda mais todos os mineiros”, concluiu Tadeu Martins Leite.

Governo diz que RRF é imprescindível; oposição fala em prejuízo aos servidores

Após a entrevista coletiva do presidente da ALMG, o líder de Governo, deputado João Magalhães (MDB), divulgou nota à imprensa. “A adesão ao RRF se tornou imprescindível para a saúde econômica de Minas Gerais e para que o Estado continue fazendo os investimentos necessários para melhorar a vida do povo mineiro”, afirmou.

Já o vice-líder do bloco de oposição, deputado Leleco Pimentel (PT), afirmou a jornalistas que a declaração de Tadeu Martins Leite “desmascara a mentira do Governo de Minas” de que a adesão ao RRF resolveria o problema do Estado. “Para nós, esse é o regime de morte do servidor, que elimina políticas públicas e destrói o Estado”, criticou.

Entrevista coletiva sobre o Regime de Recuperação Fiscal
“O plano apenas posterga a dívida. Daqui a nove anos, um novo presidente da Assembleia estará discutindo com um novo governador do Estado esse mesmo problema ou talvez pior.”
Tadeu Martins Leite
Dep. Tadeu Martins Leite
Regime de Recuperação Fiscal terá discussão ampla na Assembleia TV Assembleia

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