Instalação de unidade para tratamento de câncer em Manhuaçu motiva reunião
Comissão vai ao município da Zona da Mata com o objetivo de debater políticas de prevenção e enfrentamento à doença na região.
A Comissão Extraordinária de Prevenção e Enfrentamento ao Câncer da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza reunião em Manhuaçu (Mata) para debater as políticas de prevenção, diagnóstico e enfrentamento da doença. Solicitada pelo deputado Grego da Fundação (PMN), a audiência pública será nesta sexta-feira (14/11/25), às 9h30, no Sicoob Credilivre, que fica na Rua Doutor José Fernandes Rodrigues, 490, Centro.
De acordo com o requerimento, um dos pontos a tratar é a futura instalação de uma unidade da Fundação Cristiano Varella no município. A doação de terreno para a FCV é vista como uma oportunidade para ampliar o acesso à saúde e melhorar a qualidade de vida dos moradores de Manhuaçu e região. Atualmente, o tratamento em Muriaé requer deslocamento de 132 km. A expectativa é que a nova unidade ofereça atendimento humanizado e especializado aos a pacientes com câncer.
“Mesmo com tantos desafios para as políticas de prevenção, diagnóstico e tratamento dessa patologia, alcançamos importantes avanços nos últimos anos”, afirmou Grego da Fundação. Uma das conquistas, segundo ele, foi a doação à FCV de um terreno de 10 mil m² em Manhuaçu, para construção de hospital filantrópico que atenderá pacientes com doenças oncológicas de Manhuaçu e região.
Doença pode atingir 2 milhões de pessoas em 2025
Ainda segundo o requerimento, estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o Brasil deve registrar 704 mil novos casos até o final deste ano, atingindo cerca de 2 milhões de casos da doença em 2025.
Realizado a cada três anos com base em registros de incidência e mortalidade, o levantamento considera os 21 tipos de câncer com maior incidência no País. O tumor maligno mais frequente é o de pele não melanoma, responsável por 31,3% dos casos, seguido pelo de mama em mulheres (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Sedentarismo, envelhecimento, mudanças no comportamento alimentar, tabagismo e poluição são fatores de risco preveníveis por trás desses índices. Além disso, o atraso no diagnóstico e no tratamento afeta as chances de cura e a qualidade de vida dos pacientes. Quanto maior a demora para iniciar o tratamento, mais avança o câncer e piores são os resultados do tratamento e os impactos sociais e financeiros.
Para a reunião em Manhuaçu foram convidados, além de representantes da FCV, gestores da saúde da prefeitura local e do governo estadual, além de parlamentares federais e municipais e médicos especialistas em câncer.
