Climatério e menopausa são tema de debate nesta terça (16)
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher promove audiência pública às 14 horas.
15/07/2024 - 12:31Está agendada para esta terça-feira (16/7/24), a partir das 14 horas, no Plenarinho II, audiência pública que vai debater o Projeto de Lei (PL) 3.795/22. De autoria da deputada Ana Paula Siqueira, a proposta institui o Dia Estadual de Conscientização sobre o Climatério e a Menopausa, a ser comemorado em 18 de outubro. O objetivo principal da parlamentar é incentivar a realização de campanhas sobre a importância da assistência e amparo à saúde física e mental das mulheres durante o climatério.
Na justificação da proposta, Ana Paula Siqueira lembra que climatério é a fase de transição fisiológica entre os períodos reprodutivo e não reprodutivo da mulher. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população brasileira, esse tema demanda maior atenção do poder público.
O cuidado com a saúde feminina está previsto nos princípios e nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Grupos como o "Mulheres na Menopausa - Menopausa Feliz" atuam em favor das políticas públicas relacionadas a esse tema.
Entre os convidados para a audiência estão a fundadora da Associação de Mulheres no Climatério e Menopausa - Menopausa Feliz, Adriana Ferreira; e o titular da Academia Mineira de Medicina, Professor Doutor da Faculdade Ciências Médicas de MG, Walter Pace.
Fase traz mais riscos à saúde
O climatério costuma iniciar por volta dos 40 anos de idade, mas pode começar precocemente, antes dos 30. As grandes alterações hormonais desse período provocam sintomas físicos e vasomotores, causando modificações morfológicas, urogenitais, ósseas, psicológicas e sociais. Essas mudanças podem comprometer a qualidade de vida da mulher, causando problemas cardiovasculares, demência, câncer do colo de útero e outras doenças.
“O amparo às mulheres no período do climatério e menopausa deve ser feito por meio de políticas públicas eficientes, humanizadas, equitativas e integrais”, argumenta a deputada na justificativa do projeto. Ela explica a importância da integração entre instâncias estatais para promover diagnósticos precoces e mais assertivos, pesquisas, debates, capacitações e campanhas pedagógicas.