Assembleia Fiscaliza e Dia do Orgulho LGBTQIA+ pautam discursos
Emenda que prevê reajuste para servidores da segurança pública foi outro tema abordado na tribuna do Plenário, na Reunião Ordinária desta quarta (28).
28/06/2023 - 17:45A prestação de contas da Secretaria da Saúde, no âmbito do Assembleia Fiscaliza, motivou o deputado Elismar Prado (Pros) a cobrar do Poder Executivo, na tribuna do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), mais investimentos para a prevenção e o tratamento do câncer no Estado. O pronunciamento foi nesta quarta-feira (28/6/23), durante a Reunião Ordinária.
Elismar Prado, que preside a Comissão Extraordinária de Prevenção e Enfrentamento ao Câncer, afirmou que faltam em Minas um plano para enfrentar a doença, recursos para tratamento e equipamentos e centros regionalizados de diagnóstico. “Mais de 300 municípios mineiros enviam pacientes para São Paulo”, acrescentou.
De acordo com o deputado, a justificativa da Secretaria de Saúde é de que faltam recursos. Mas Elismar Prado contrapôs o argumento com a renúncia de receitas pretendida pelo Executivo em prol das locadoras de veículos. Ele ainda afirmou que o governo mineiro não executou adequadamente emendas destinadas ao tratamento de câncer por seu irmão, o deputado federal Weliton Prado (Solidariedade).
Dia Internacional do Orgulho LGBT
Já a deputada Lohanna (PV) usou a tribuna para marcar a passagem do Dia Internacional do Orgulho LGBT, celebrado nesta quarta (28). Ela enfatizou que os últimos anos foram de retrocessos e questionamentos aos direitos desse público. Em aparte, Cristiano Silveira (PT) lembrou que o Brasil é o País onde mais se mata pessoas LGBTQIA+.
Lohanna também apontou “omissão” do Congresso Nacional, o que teria levado o Poder Judiciário a garantir o casamento homoafetivo, a adoção de crianças por esses casais e a equiparação dos crimes de racismo e homofobia. “É preciso ter posicionamento, seja à direita ou à esquerda”, afirmou.
Também Sargento Rodrigues (PL) se pronunciou para agradecer aos colegas por assinarem com ele emenda a ser apresentada que prevê reajuste para os servidores da segurança pública. O documento tem 40 assinaturas.
Segundo o deputado, embora alguns colegas apontem vício de iniciativa na emenda, ao longo da vida pública ele aprendeu que o princípio da conveniência política pode se sobrepor. Eduardo Azevedo (PSC) parabenizou o colega pelo trabalho em prol dos servidores da segurança.
Questionamento sobre porte de arma
O deputado Leleco Pimentel (PT) voltou a abordar o tema do porte de armas no Plenário. Na reunião de terça-feira (27), ele havia denunciado que o colega Caporezzo (PL) estaria armado. Ausente naquele momento, Caporezzo negou depois e afirmou que sua arma estava em Uberlândia (Triângulo mineiro). Nesta quarta (28), porém, Leleco Pimentel explicou que fez um “pedido de apuração” à Mesa da Assembleia.
“Não me disponho a entrar no Plenário com alguém armado”, afirmou o deputado. Ele ainda citou o artigo 90 do Regimento Interno, que proíbe o porte de arma na ALMG. Leleco Pimentel recebeu apoio dos colegas Ricardo Campos (PT) e Lohanna (PV).
Houve reação dos deputados Bruno Engler e Coronel Sandro, ambos do PL, que acusaram Leleco Pimentel de mentir ao afirmar que fez apenas um pedido de apuração. “O senhor acusou, disse que dava fé de sua palavra”, afirmou Bruno Engler.
O próprio Caporezzo também afirmou que Leleco Pimentel colocou sua vida em risco, já que ele teve que provar que está desarmado. “O senhor não sabe quantas ameaças já recebi na minha vida”, afirmou.
Homenagem
Durante a reunião, a pedido do deputado Doutor Maurício (Novo), foi observado um minuto de silêncio pela morte de Rita da Paixão Mota Santiago, mãe do deputado Arlen Santiago (Avante).