37ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 2/12/2025

Palavras da deputada Leninha

A deputada Leninha – Obrigada, presidente. Eu queria cumprimentar a todos que nos acompanham através dos canais de comunicação da Casa. Queria cumprimentar também os bravos guerreiros que vieram, durante todo esse tempo, lutar com a gente, primeiro, para a gente não permitir que o governador alterasse a nossa Constituição. Eu sempre digo que, mais que as palavras são os gestos das pessoas e, entre um processo de negociação e votação, há muitas negociações, muitos caminhos que nós devemos percorrer. O presidente sabe que eu me licenciei no período em que foi feita a votação da promulgação da PEC, porque eu não queria o meu nome na história de Minas Gerais marcada por uma alteração na Constituição que diz respeito à democracia. Eu também não quis presidir nenhuma reunião até que o tema fosse esse da privatização, mantendo coerência com a minha trajetória e com a minha história. Por isso, encerrando essa etapa, que não é o fim da nossa luta, eu digo que fizemos o melhor que a gente pôde. A gente fez o melhor na discussão da Constituição. A gente fez o melhor hoje. O vai-e-vem de recompor o quórum, o Plenário, a deputada Beatriz bem esclareceu, explicando a nossa metodologia. Tudo foi para dizer que não entregamos os pontos e que vamos continuar, até o 2º turno, vendo mecanismos que podemos utilizar para dificultarmos, ao máximo, esse processo. O que aconteceu durante esse período foi um absurdo. A gente ter espionagem, aqui dentro da Casa, isso é ameaça à democracia, ao parlamento e à história do parlamento mineiro. Então por isso que a gente não pode, neste momento, achar que a luta acabou. Nós temos que nos manter firmes, de pé, porque a luta continua até o 2º turno. Provavelmente o contexto dos votos não vai mudar, mas a gente precisa encarar também qual é o projeto que o governador mandou para a Casa, para a gente tentar, como fizemos em vários outros projetos, não ter perdas profundas com os funcionários, com os colaboradores. A gente precisa enxergar se no projeto não há muita armadilha que ameace a vida dos trabalhadores da Copasa. Então nós temos trabalho para fazer aqui ainda, porque a coisa pode ficar pior. Imagina um projeto de lei da privatização que não tem compromisso nenhum com a estabilidade nem com a carreira dos servidores da Copasa. Imagine um projeto de privatização que não garanta atendimento ao saneamento, ao acesso à água. Então nós ainda temos tarefa para cumprir aqui nesse final de ano. É claro que estamos encerrando o ano, isso para nós, da pior maneira possível. Não é o presente de Natal que a gente gostaria de dar aos mineiros e mineiras, mas é isso que nós temos e é com isso que nós vamos lutar. Então quero dizer parabéns a vocês pela luta que continua. A luta segue, e nós vamos continuar, aqui na Casa, fazendo o que a gente puder, vigiando cada passo, vigiando cada parágrafo, cada vírgula do projeto de privatização que aqui está. É por isso que a gente clama também no sentido de manter a nossa mobilização, de fazer o que a gente tiver que fazer, dialogando com o Sindágua naquilo que diz respeito ao projeto. Temos também de ver a questão da CPI sobre a espionagem. Então a gente ainda tem muita luta para fazer até o nosso recesso parlamentar, que provavelmente iniciará lá pelo dia 20. Então continuemos firmes. A gente fala aqui sempre que a gente luta, luta, sabendo que às vezes a vitória não vem, mas a gente não perde a esperança de manter a mobilização, de manter o nosso trabalho e o nosso compromisso aqui na Casa, de ir aos bastidores, às comissões, às negociações e fazer o melhor que a gente pode fazer. Então é isso. Sigamos, a luta continua. A Copasa é nossa. Vamos continuar dizendo isso. A gente segue firme até o final deste capítulo desta história que marca a história de Minas Gerais em um momento difícil. Muito obrigada. Vamos juntos.