Segundo o secretário de Estado de Governo, as despesas foram subestimadas, enquanto as receitas foram superestimadas

Estudo prevê déficit de R$ 6 bilhões no Orçamento do Estado

Relatório entregue ao presidente da ALMG deve embasar discussões e votação da proposta orçamentária para 2015.

12/03/2015 - 13:09 - Atualizado em 12/03/2015 - 14:49

O secretário de Estado de Governo, Odair Cunha, entregou ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Adalclever Lopes (PMDB), na manhã desta quinta-feira (12/3/15), um resumo do estudo sobre a proposta orçamentária do Estado para 2015.

O maior destaque é o déficit de R$ 6 bilhões no Orçamento projetado para este ano. De acordo com Cunha, as despesas foram subestimadas, enquanto as receitas foram superestimadas. Ele afirmou que será feito um plano para superar esse déficit em dois anos.

O deputado Tiago Ulisses (PV), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), explicou que o novo estudo traz dados mais realistas sobre a realidade financeira do Estado. “A análise anterior previa, por exemplo, um aumento do PIB (Produto Interno Bruto) que já sabemos que não vai acontecer”, disse. O estudo deve embasar a análise do Projeto de Lei (PL) 5.497/14, de autoria do Executivo e que trata do Orçamento do Estado para 2015.

O Orçamento deveria ter sido aprovado no ano passado, conforme a Constituição Estadual e do Regimento Interno da Assembleia, mas os parlamentares não conseguiram chegar a um acordo na última legislatura. Por isso, o Poder Executivo trabalhou nos dois primeiros meses do ano com o duodécimo do Orçamento de 2014 e deve continuar assim até a aprovação da nova proposta orçamentária.

Conforme o acordo de líderes acolhido e oficializado pela Mesa da ALMG na última quarta-feira (11), a FFO vai avaliar o novo estudo e emitir outro parecer sobre o PL 5.497/14. “Tanto a oposição quanto a situação estão conscientes de que é preciso votar o Orçamento com urgência, então isso será feito o mais breve possível, sem prejudicar a análise profunda que deve ser realizada”, afirmou o presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes.