Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, defendeu maior organização entre as cooperativas
Ciclo de debates defende maior inserção das cooperativas no cenário político do País

Ciclo de Debates questiona estrutura do cooperativismo

Palestrantes defendem criação de centrais cooperativas e criticam falta de união entre produtores rurais.

06/11/2012 - 20:10

Durante as discussões do último painel do Ciclo de Debates Cooperar 2012, “Sustentabilidade e negócios”, os palestrantes defenderam a unificação entre cooperativas de um mesmo setor e uma maior mobilização coletiva face ao governo. A discussão aconteceu no final da tarde desta terça-feira (6/11/12), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, o cooperativismo brasileiro deve se organizar ainda mais e tentar concentrar o número de instituições. Ele explicou que o contexto internacional atual exige que a estrutura das cooperativas nacionais seja reavaliada para que elas sejam capazes de competir no mundo globalizado. “Não existe mais espaço para amadorismo. É preciso competência, foco no negócio. Temos que pensar maior, pensar no cooperado”, destacou Freitas.

O ex-ministro da Agricultura e presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, cobrou um maior acompanhamento das cooperativas agropecuárias nas questões que as envolvem. Paolinelli questionou a forma como o governo tem estabelecido áreas de proteção ambiental, desapropriando famílias sem a devida indenização, e estimulou a criação de movimentos cooperativistas para coibir este tipo de ação. “O diálogo entre o governo e as cooperativas deve ser mais aberto, e também devem ser definidos os tipos de biomas a serem preservados”, concluiu o ex-ministro.

Ciclo de Debates Cooperar 2012 – O Ciclo homenageia o Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entre seus objetivos estão os de divulgar o cooperativismo e suas possibilidades; identificar os desafios e sucessos obtidos pelos diversos ramos do cooperativismo e apresentar sugestões para o fortalecimento do setor.