Prefeito de Mariana Juliano Duarte - A rejeição ao acordo do desastre da Samarco
23 das 49 cidades diretamente afetadas pela lama recusaram o acordo judicial chancelado no fim do ano passado que prevê 170 bilhões de reais como reparação aos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o prefeito de Mariana, Juliano Duarte, do PSB, lembra que em Mariana e nas demais cidades atingidas as economias locais despencaram, não havia dinheiro para obras e, no caso de Mariana, a mais afetada, 30% da população ficou desempregada e, que a recuperação só começou 6 anos depois, mas ainda é incompleta e faltam recursos para muitos programas. O prefeito diz que a repactuação não teve a aderência de 23 municípios porque pelo acordo apenas 4% do 170 bi tocariam às cidades que aderiram, com a condição de não participarem de uma ação contra a BHP, sócia da Vale, ambas controladoras da Samarco, que reuniu 600 mil famílias e correu em Londres. O julgamento já terminou e a expectativa do prefeito é que a BHP será condenada até meio do ano a pagar o valor da ação de 260 bilhões de reais. Mas antes, Juliano acredita que a mineradora chamará as prefeituras para um acordo.