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Tratamento do câncer e síndrome de down pautam discursos em Plenário

Deputados também abordam agronegócio e fazem críticas ao Governo do Estado na Reunião Ordinária.

21/03/2023 - 18:07
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Tratamento do câncer, agronegócio, síndrome de Down e críticas ao Governo do Estado foram os temas abordados pelos deputados em seus discursos durante a Reunião Ordinária de Plenário realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (21/3/23).

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Presidente da Comissão Extraordinária de Prevenção e Enfrentamento ao Câncer, o deputado Elismar Prado (Pros) defendeu a importância do diagnóstico e do tratamento precoce da doença. Segundo ele, a legislação que garante a confirmação do diagnóstico em 30 dias e início do tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 60 dias não vem sendo cumprida em Minas Gerais.

De acordo com o parlamentar, pacientes com suspeita de câncer levam até seis meses para conseguir um diagnóstico definitivo da doença. “Geralmente quando se descobre o câncer, ele já está em estágio avançado, o que reduz a chance de cura e torna os procedimentos médicos mais caros”, afirmou.

Para mudar essa realidade, a comissão extraordinária pretende tratar de questões como as distâncias que os pacientes percorrem em busca de tratamento, a fila única para exames de diagnóstico e o funcionamento dos serviços de radioterapia em Minas Gerais.

O deputado Antonio Carlos Arantes (PL) destacou a importância do agronegócio para a economia brasileira. Segundo ele, a safra de grãos 2022/2023 deve ser de 312 milhões de toneladas e o valor total da produção agrícola nacional deve chegar a R$ 1,2 trilhão.

O parlamentar disse que o agronegócio movimenta outros setores da economia, como comércio, indústria e mineração, e os produtores rurais estão conscientes de que é necessário produzir preservando a água, as florestas e o solo.

“Os produtores rurais são verdadeiros heróis nacionais. Tenho orgulho de ser produtor rural”, arrematou.

Em aparte, o deputado Caporezzo (PL) lembrou que, nesta terça (21), é o aniversário do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele citou como grandes feitos de sua gestão a reforma da previdência, o marco legal do saneamento básico e a lei da liberdade econômica. “Bolsonaro tem qualidades raras em um homem público: coragem e honestidade”, afirmou.

Já o deputado Betão (PT) destacou em seu discurso a visita do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a Belo Horizonte, na última quinta-feira (16). Segundo ele, o ministro disse que vai defender a retirada da CeasaMinas do Programa Nacional de Desestatização e se comprometeu com investimentos para modernizar a estrutura do entreposto comercial.

Em aparte, o deputado Doutor Jean Freire (PT) destacou a importância da retomada do programa Mais Médicos pelo governo federal. Segundo ele, o programa deve garantir a contratação de 15 mil profissionais para atuar no SUS.

O Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado nesta terça-feira (21), foi o tema do discurso do deputado Grego da Fundação (PMN). Ele contou sua história pessoal, de pai de um adolescente de 14 anos com síndrome de Down.

“Nossas deficiências são supridas por um amor ilimitado. Dmitrios é um rapaz encantador. É um vitorioso porque supera obstáculos a cada dia. Frequenta a escola regular e tem desenvoltura nas redes sociais, graças a um ambiente de acolhimento e estímulo”, relatou o parlamentar.

O deputado lembrou que as pessoas com síndrome de Down ainda precisam superar muitos obstáculos, como a inclusão no mercado de trabalho. Mas comemorou avanços que levaram ao aumento da expectativa de vida desse segmento da população, de 30 para 65 anos. “Ser diferente também é normal”, concluiu.

Reforma administrativa é criticada

Já o deputado Ricardo Campos (PT) criticou a reforma administrativa proposta pelo Governo do Estado. Na sua avaliação, o Projeto de Lei (PL) 358/23, do governador Romeu Zema, pode levar ao desmonte do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene), que beneficia populações da zona rural do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha.

O parlamentar também não concorda com a extinção da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), conforme propõe o PL 359/23, do governador. "Vamos lutar pelo não fechamento das escolas de formação da Fucam”, avisou.

Em aparte, o deputado Leleco Pimentel (PT) também defendeu a importância da manutenção da Fucam.

Em seu discurso, a deputada Lohanna (PV) criticou o Governo do Estado por, segundo ela, promover um “desmonte ambiental”. Ela citou reportagem da Agência Pública, segundo a qual a chefia da fiscalização ambiental foi trocada 11 vezes durante a gestão Zema. Minas Gerais perdeu 166 mil hectares de florestas desde 2019, o que significa um avanço de 82% no desmatamento, segundo a reportagem.

A parlamentar também leu uma carta anônima de uma servidora do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema). Segundo a carta, servidores seriam punidos com transferências forçadas por criticarem o Sisema. Além disso, a categoria não teria sido consultada sobre as mudanças propostas no PL 358/23.

Os deputados fizeram um minuto de silêncio pelo falecimento da mãe adotiva do deputado Leleco Pimentel, Teresa Maria Freitas. O parlamentar recebeu manifestações de solidariedade dos colegas presentes no Plenário.

Reunião Ordinária - tarde - análise de proposições

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