Agora, o projeto volta à Comissão de Administração Pública para análise em 2º turno e, depois, retorna ao Plenário para votação definitiva

Aprovado em 1º turno projeto que cria fundos estaduais

Em regime de urgência, PL do governador foi aprovado na forma do substitutivo nº 1. Várias emendas foram rejeitadas.

04/07/2017 - 22:44 - Atualizado em 05/07/2017 - 10:37

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em 1° turno, em Reunião Extraordinária na noite desta terça-feira (4/7/17), o Projeto de Lei (PL) 4.135/17, do governador, que cria os fundos estaduais de incentivo e financiamento de investimento. O projeto, que está em regime de urgência, passou na forma do substitutivo nº 1. 

Na mesma reunião, o projeto recebeu 74 emendas, que foram encaminhadas para apreciação em 1º turno pela Comissão de Administração Pública. Após a análise na comissão, elas retornaram ao Plenário, ainda durante a Reunião Extraordinária, que rejeitou as emendas de nºs 1, 2, 4 a 14, 17, 19 a 24, 26 a 32, 34 a 37, 41 a 57, 59 a 62 e 64 a 74. Foram prejudicadas as emendas 3, 15, 16, 18, 25, 33, 38 A 40, 58 e 63 e o projeto original.

A matéria volta à Comissão de Administração Pública nesta quarta-feira (5), para análise em 2º turno, e depois retorna ao Plenário, para votação definitiva. 

Fundos - O PL 4.135/17 cria os seguintes fundos estaduais de incentivo e de financiamento de investimento:

  • Fundo de Investimento do Estado de Minas Gerais (MG Investe);
  • Fundo de Pagamento de Parcerias Público-Privadas (FPP-MG);
  • Fundo de Garantias de Parcerias Público-Privadas (FGP-MG);
  • Fundo Especial de Créditos Inadimplidos e Dívida Ativa (Fecidat);
  • Fundo de Ativos Imobiliários de Minas Gerais (Faimg);
  • Fundo de Investimentos Imobiliários de Minas Gerais (Fiimg).

Além disso, a proposição revoga a Lei 14.868, de 2003, que trata do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas. O motivo é que o regime geral que regulamenta essas parcerias foi estabelecido pela Lei Federal 11.079, de 2004, sendo posterior à legislação estadual.

Oposição critica o projeto

Deputados de oposição manifestaram-se contrariamente ao projeto. O líder do Bloco Verdade e Coerência, deputado Gustavo Corrêa (DEM), apelou aos colegas em Plenário para que não votassem a favor da proposição, que considerou “um crime contra o Estado”.

“O que esse projeto pretende é vender o patrimônio que é de todos os mineiros”, protestou Gustavo Corrêa, que pediu que os parlamentares “não se deixem levar por pressões políticas, que hoje vêm do Palácio da Liberdade e, amanhã, virão das ruas”.

O líder do Governo, deputado Durval Ângelo (PT), explicou que o PL 4.135/17 trata de seis fundos estaduais, embora o deputado Gustavo Corrêa tenha feito referência apenas ao fundo imobiliário. Segundo Durval, a proposta é positiva para a economia do Estado.

Carlos Pimenta, do PDT, lamentou que a votação dos diferentes fundos não tenha sido desmembrada. “É uma pena termos que votar um pacote”, disse, alegando que é favorável a quatro propostas de fundo, mas, como não concorda com o que trata da alienação de imóveis, se viu obrigado a votar em bloco contra a matéria.

O deputado Arlen Santiago (PTB) orientou a bancada do seu partido a votar contra a proposição. Também orientaram no mesmo sentido as lideranças do PDT e do PSDB.

Consulte o resultado da reunião.