A audiência pública que discutiria na manhã de terça-feira (5/8/25) os cortes feitos pelo Governo do Estado no abastecimento de viaturas policiais foi remarcada para a próxima terça, 12/8. O motivo foi a ausência dos três secretários convidados, fato criticado pelo presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Sargento Rodrigues (PL), autor do requerimento da reunião.

Foram convidados os titulares das Secretarias de Estado de Governo (Segov), de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Fazenda (Sefaz), respectivamente Marcelo Aro, Sílvia Caroline Listgarten Dias e Luiz Claudio Fernandes Lourenço Gomes. 

O titular da Sefaz encaminhou ofício justificando que não compareceria devido a compromissos anteriormente assumidos e informando que seria representado por seu chefe de gabinete, Reges Moisés dos Santos.

Em nome da Segov, o superintendente de Apoio à Interlocução Legislativa informou em ofício que o secretário seria representado por uma autoridade da Seplag, no caso Túlio de Souza Gomes, superintendente da Central de Planejamento e Orçamento.

O presidente da comissão agradeceu a presença dos representantes. Contudo, defendeu a relevância da discussão, dizendo que os problemas enfrentados na segurança pública demandariam a presença de gestores do primeiro escalão do governo. Assim, anunciou que a reunião foi remarcada para a próxima terça, dia 12/8.

O envio dos convites aos secretários para a audiência desta terça (5) foi feito antes do recesso parlamentar de julho, portanto, com antecedência para permitir a presença, segundo frisou o deputado em crítica às ausências.

Sargento Rodrigues destacou os cortes no abastecimento de viaturas policiais como consequência do decreto de contingenciamento de despesas baixado este ano pelo governador Romeu Zema (Novo). Na avaliação do deputado, o governo não estaria tratando dos impactos da medida para a segurança pública com a devida atenção.

Segundo reiterou o presidente da comissão, inúmeras denúncias de várias partes do Estado têm chegado ao seu conhecimento, de policiais militares dando conta de que viaturas estão sendo mantidas paradas em ponto base, com restrição de combustível entre 10 e 15 litros por turno e limite de quilometragem entre 30 e 40 km. Situação semelhante estaria sendo reportada também por policiais civis e bombeiros militares. 

O deputado Caporezzo (PL) endossou o colega. Conforme avaliou, a esquerda critica o governador por administrar o Estado como um empresário. “Se assim fosse, Minas estaria melhor. O Estado está em calamidade e nada pior do que esse descaso para com a segurança pública”, criticou.