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Conflitos socioterritoriais no Triângulo Mineiro levam comissão a Uberlândia

Comissão de Direitos Humanos promove audiência nesta segunda (28), a partir das 14 horas, no campus da Universidade Federal de Uberlândia.

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A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública nesta segunda-feira (28/4/25), em Uberlândia (Triângulo Mineiro), para debater conflitos socioterritoriais na região. A reunião acontece a partir das 14 horas, no anfiteatro 5R A/B do campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), situado na Av. João Naves de Ávila , 2121, Bairro Santa Mônica.

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O debate atende a requerimento da deputada Bella Gonçalves (Psol), presidenta da Comissão de Direitos Humanos. Segundo o documento, também serão discutidas ameaças aos defensores de direitos humanos no Triangulo Mineiro,  no contexto desses conflitos. Diante disso, a parlamentar reforça a importância da audiência pública.

“A audiência de Uberlândia vai discutir com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) o avanço da regularização de territórios de acampamentos e assentamentos da reforma agrária no Triângulo Mineiro, bem como a violência no campo”, afirmou Bella Gonçalves.

A parlamentar aponta a morte de Robinson dos Santos Guedes, o “Bob”, de 62 anos, no último dia 7 de março, como emblemática. Ele foi baleado na cabeça durante uma discussão na área rural de Uberlândia.

O crime ocorreu no Assentamento Dom José Mauro, em uma região próxima ao Distrito de Miraporanga, em Uberlândia. Depois de atirar em Robinson, o suspeito fugiu. Segundo o apurado pela Polícia Militar, a motivação do homicídio seria justamente uma disputa de terras na região.

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Além do Incra e MDA, estão entre os convidados para a audiência pública em Uberlândia representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Comissão de Solução de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Centro de Apoio Operacional de Conflitos Agrários do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Delegacia de Crimes Contra a Pessoa de Uberlândia, entre outros órgãos.

Foram chamados ainda a deputada federal Dandara Tonantzin Silva Castro (PT-MG) e lideranças de acampamentos e movimentos pela reforma agrária no Triângulo Mineiro: Rosa Marta de Souza, coordenadora do Acampamento Beira Rio, em Fronteira, e do Acampamento Rio Grande, em Frutal; Eliana de Lima Teófilo, coordenadora do Acampamento Arco Íris, em Gurinhatã, e, ainda, Cleiciane Wellingta Ferreira, coordenadora do Fórum de Reforma Agrária Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

“Ele era um companheiro conhecido dos movimentos sociais, morreu por conflito de terras na região. A gente espera, com essa audiência pública, reforçar com o Incra e o MDA a necessidade de maior acompanhamento desses territórios, monitoramento da violência do campo e mais rapidez também na realização de cadastros e procedimentos de reforma agrária”.
Bella Gonçalves
Dep. Bella Gonçalves

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