25ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 23/10/2025

Palavras do deputado Leleco Pimentel

O deputado Leleco Pimentel – Pessoal, eu posso pedir uma generosidade a cada um e cada uma? Eu sei que é muito o que estou pedindo, mas nunca deixei de dialogar com quem está aqui, porque não estou fora da realidade. Eu estou dialogando e ouvindo o grito das pessoas.

Então, ao ouvir o clamor… Os meus ouvidos não são surdos. E não se trata de capacitismo, porque aqueles que têm problema auditivo não perderam sua capacidade de coerência, sua ética e seu compromisso com a vida. O que nós trazemos aqui é a nossa indignação. Ninguém veste uma roupa para ser outra pessoa. Eu tenho origem nos movimentos populares, sou professor de história, toco violão e sei dialogar com as pessoas. Por isso peço desculpas, porque a gente dialoga fazendo com que a voz dos que não têm direito a vir ao microfone possa ser ouvida. Eu quero pedir a vocês que reflitam. Eu quero dizer aos companheiros do Sindsema que o papel de vocês foi muito bonito e está sendo solidário na luta com os servidores da Copasa e da Copanor. Essa greve é justa. E o nosso direito… Eu não vim para cá para defender o direito de quem já tem o privilégio e o estado inteiro. Eu estou aqui defendendo o povo. Eu sou do lugar de onde nós precisamos de água em quantidade e qualidade, com tarifa justa, e sei o peso disso. E é por esta razão que eu peço a vocês só mais um minuto.

Vocês ouviram a declaração do governador Zema, que quis dizer que, no governo do PT, a Copasa valia muito menos do que vale no governo dele. Vocês ouviram isso? Isso quer dizer que ele assume que a Copasa é autossuficiente, ela não precisa dele. É por isso que ele quer colocar lucros exorbitantes no bolso daqueles que só lucram com o Estado. Porque Zema está de joelhos, e quem votar com ele vai estar de joelhos também. Então peço a vocês que continuem firmes e com muita energia, porque nós não vamos arredar o pé e não vamos nos calar.

Presidente Tadeu, eu respeito a sua presidência, eu o escuto, mas nenhum deputado aqui vai me mandar calar a boca. Nenhum! (– Manifestação nas galerias.) Nem o senhor, Sr. Cassio. Nem o senhor, jamais!