Pronunciamentos

RONALDO SCUCATO, presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais - Sistema Ocemg

Discurso

Agradece a homenagem ao Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais – Sistema Ocemg – por seu importante trabalho em prol do cooperativismo, por ocasião da decretação, pela Organização das Nações Unidas – ONU –, de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas.
Reunião 18ª reunião ESPECIAL
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 02/07/2025
Página 5, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas RQN 11409 de 2025

18ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 30/6/2025

Palavras do Sr. Ronaldo Scucato

Boa noite. Boa noite, meu caro deputado Antônio Carlos Arantes. O deputado é o nosso presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo Mineiro; é o paladino do cooperativismo não só no Legislativo, mas também em todos os momentos da sua vida. Ele expande cooperação, cooperativismo.

Receber esta homenagem é de uma sensibilidade indizível, porque nem sempre foi assim, nem sempre o cooperativismo foi reconhecido como força. Para chegarmos ao ponto de hoje, foi uma luta heroica e muita gente sofrendo para demonstrar e avisar que o cooperativismo era ético e importante, que era uma ferramenta não só para o desenvolvimento das nações, mas também para o desenvolvimento das pessoas. Por isso, neste momento, tenho a honra e o orgulho de receber esta homenagem ao cooperativismo aqui, no Poder Legislativo. Hoje, meus caros, a República treme, e treme muito mais Montesquieu, que fez a divisão dos Poderes. Os Poderes deveriam estar harmônicos, e não estão.

O Legislativo tem um papel importantíssimo. Posso dizer, como estudante de direito que fui — eu me formei — que o Legislativo é o norte, o Legislativo é a bússola, o Legislativo define para o outro executar e para o outro defender, quando aquilo que foi estipulado como força máxima de um país, uma Carta Magna, é desrespeitada, desrespeitando o interesse de cada indivíduo. O Legislativo é muito importante e engrandece o cooperativismo com a homenagem que hoje estamos recebendo.

Quero cumprimentar o deputado Domingos Sávio. O Domingos Sávio, para quem estou olhando, foi conselheiro da Ocemg lá no princípio. Ele foi um dos batalhadores para afirmar a importância do cooperativismo. Hoje ele bate no peito e fala que tem orgulho de ser cooperativista. Ele deve ter orgulho mesmo, porque, antes, nós não éramos respeitados. Obrigado, Domingos. Está ali o outro paladino também, que todo dia está presente nas questões cooperativistas deste estado: o nosso vereador Maninho Félix, que sempre está ao nosso lado na defesa dos interesses do cooperativismo.

Quero cumprimentar o desembargador, presidente do Tribunal Regional Eleitoral; e também o representante do nosso prefeito Álvaro Damião. Muito obrigado por estarem aqui presentes. Quero cumprimentar todos os dirigentes, os meus conselheiros. E quero cumprimentar as mulheres. E por que falo das mulheres sempre que exponho minhas ideias? Porque devo a duas mulheres tudo o que conquistei na vida: minha mãe e minha avó. Portanto, quando vejo aqui Kátia Rabelo, Mercês, Lívia, Lázara, dirigentes de cooperativas – e boas cooperativas –, as conselheiras e as minhas gerentes, fico feliz. Ali estão Andréa Sayar, Juliana, Isabela, Vitória, que são mulheres do cooperativismo mineiro. Eu tenho 10 gerências, e 5 são ocupadas por mulheres. Nas gerências mais importantes, finalísticas, de projetos, também estão duas mulheres. As áreas de comunicação e de RH também são comandadas por mulheres. E eu tenho defendido os talentos do cooperativismo; a comunicação cooperativista; o agro, tão desrespeitado; o nosso produtor rural – eu tenho defendido isso. Mas hoje estou com um repto a todos os dirigentes cooperativistas.

A defesa da juventude. Deputado Arantes, parar de bater palma para a mídia internacional, para a mídia nacional, a dizer que a juventude não quer nada, que a juventude quer é balada, que a juventude é nem-nem, que não estuda nem trabalha. A juventude quer estudar; a juventude quer trabalhar. Nós precisamos da força e da destreza motora e psíquica da juventude, da juventude que vai chegando aí, com fluência digital, com conhecimento da internet, das coisas, da robótica, da inteligência artificial. O pessoal acha que o agronegócio conseguiu o que conseguiu neste país à toa? Foi a digitalização que chegou ao campo. Precisamos que um jovem chegue para tomar decisões rápidas, inteligentes, úteis, eficazes. Nós já vivemos e passamos pelos caminhos do conhecimento, e é nossa obrigação transferir esse conhecimento para a juventude; é papel do cooperativista autêntico.

Quando a pessoa mais idosa fala, ela fala e realça que a velhice é a juventude que deu certo. É por isso que precisamos fazer os jovens de hoje chegarem à idade da austeridade. Precisamos imitar o que se faz na Europa com as crianças desde a tenra idade nos parques temáticos, ensinando as crianças, pondo livro na mão das crianças, como no Kompan, na Dinamarca; no Proludic, na França; no Live Day, em Londres, na Inglaterra; no Berliner, na Alemanha. Todos são parques temáticos que preparam as crianças para a juventude, para assumir decisões na vida adulta. E, no Brasil, os nossos parques deteriorados. É preciso que as autoridades constituídas tomem essa consciência de preparar a nossa juventude.

Eu quero agradecer, porque a ONU, pela segunda vez, Domingos, decreta o Ano Internacional das Cooperativas, e isso não é pouca coisa. Não é pouca coisa, porque os nossos cooperativistas têm três letras C na sua composição. O cê da austeridade cooperativista é a coesão das suas próprias coisas. O compromisso que nós temos é o outro cê, ou seja, o compromisso com a família e com os amigos. O terceiro cê é importante e tem lideranças imaturas: os autocratas iluminados da atualidade que desprezam o cê da conexão com a natureza. O cooperativista autêntico está sempre conectado com a natureza. É o nosso produtor rural que preserva. Nós temos uma das melhores legislações do mundo sobre a preservação. É por isso que a ONU hoje reconhece o cooperativismo como uma ferramenta para o desenvolvimento econômico e das pessoas.

E olha: a prioridade é o econômico. Priorizar o social é demagogia. Você não constrói um paraíso social em cima de uma ruína econômica. É por isso que as nossas cooperativas dão resultado positivo, dão resultado positivo e, desse resultado, retiram uma parte, aplicam no social e cumprem o nosso destino. Essa é a verdade.

Deputado Arantes, o meu muito obrigado em nome das 812 cooperativas do Estado de Minas Gerais, dos 3.007.000 cooperados, das quase 70 mil pessoas trabalhando nas cooperativas, cujo produto hoje representa 14,9% do Produto Interno do Estado de Minas Gerais. Não é pouca coisa. É por isso que batem palmas para o nosso produtor, para o nosso cooperado. Eu agora bato palmas por esta Assembleia Legislativa. Agradeço ao presidente Tadeu e ao nosso presidente maior aqui, do cooperativismo, com um abraço. Muito obrigado a todos.