18ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 30/6/2025

Palavras do deputado federal Domingos Sávio

Uma boa noite a todos e a todas. Vejo aqui tantos amigos do cooperativismo e quero cumprimentar todos. Inicialmente cumprimento meu amigo de longa data, presidente desta reunião e autor também desta iniciativa, prezado colega deputado Antonio Carlos Arantes, já de pronto destacando a importância do seu trabalho para toda Minas Gerais e também, de um modo muito especial, para o cooperativismo. Quero cumprimentar meu guru, minha referência para o cooperativismo, o querido presidente da Ocemg, Ronaldo Scucato, que tem uma história de vida que já se confunde com a história do cooperativismo. Faz muito bem, para todos nós, poder tê-lo aqui conosco, Ronaldo, com todo o seu vigor, com toda a sua experiência, mantendo sempre acesa a chama do cooperativismo, que nos inspira a continuar o trabalho em prol de tantas boas causas que o cooperativismo abraça. Quero estender o cumprimento a todos os demais colegas que compõem esta Mesa de honra e a todos que estão presentes, na pessoa de alguém que é para mim referência no cooperativismo e na vida pública, meu querido amigo, ministro Carlos Melles. É uma alegria revê-lo, ministro. Eu aprendi a ter essa paixão pelo cooperativismo ao seu lado e ao lado do Ronaldo no tempo que éramos colegas de diretoria na Ocemg. E olha que isso já faz algum tempo, mas parece que foi ontem, porque eu não me distanciei do cooperativismo.

Então, logo que recebi o convite, tratei de reorganizar a minha vida – eu que normalmente, a uma hora desta, já estou embarcando ou chegando a Brasília – para estar aqui com vocês. Eu não me canso de dizer que estou emprestado ao mandato. Eu sou do cooperativismo e procuro fazer isso no dia a dia, até porque o cooperativismo é transversal, alcança todas as áreas da atividade humana.

Nós podemos até falar de alguns grupos de atividades que têm organização de cooperativa, especificamente, e há alguns desses grupos que estão crescendo de forma estupenda, como o cooperativismo de crédito, mas o cooperativismo é presente em todas as atividades humanas, porque ele é um princípio. O cooperativismo é uma forma de organização empreendedora, mas também traduz uma forma de relação humana. Eu sempre costumo dizer que o cooperativismo está muito associado à solidariedade humana.

Nós vivemos momentos muito tensos, e eu não me queixo deles, porque acho que também são educativos, mas o cooperativismo para mim sempre foi o ponto de equilíbrio. Ele nem é aquele socialismo estatizante, que nos priva da liberdade, e nem é o lucro pelo lucro, a competição desvairada de um capitalismo selvagem. O cooperativismo busca alcançar os seus objetivos, busca promover a qualidade de vida, busca resultados positivos, mas procura sempre fazer isso alicerçado numa relação de solidariedade, de parceria, de soma, para que o resultado beneficie a todos. Não é por acaso que ele cresce no mundo inteiro. Eu me apaixonei por isso tão logo saí da faculdade como médico-veterinário formado na UFMG. Chegando a Divinópolis, eu tive o privilégio de ir trabalhar numa cooperativa, da qual me tornei cooperado e da qual depois me tornei o presidente e tive a oportunidade de ajudar a criar tantas outras cooperativas.

Isso faz parte da minha vida. Essa sua iniciativa, Antonio Carlos, é fundamental! Ainda que uma sessão solene possa parecer uma mera formalidade para alguns, isso significa manter acesa essa chama, significa trazer para dentro da Casa do povo mineiro uma reflexão sobre a importância do cooperativismo. Assim como nós procuramos fazer lá, em Brasília, não é mesmo, Melles? Você esteve tanto lá e nos ajudou tanto a fincar bem esses princípios! Eu continuo como vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, sempre debatendo as pautas que são fundamentais para a organização dos diversos setores do cooperativismo, mas também com essa visão transversal. Aliás, quando nós temos grandes questões nacionais, elas afetam o cooperativismo. Quando você vai discutir reforma tributária, o cooperativismo tem que estar na frente. Quando você vê aí essa coisa de aumento de impostos, a gente sabe que isso impacta a vida das cooperativas. Quando você discute o Estado Democrático de Direito e os riscos que corremos, às vezes, de alguns estarem relevando isso como uma democracia relativa, como se isso pudesse existir, o cooperativismo tem que estar presente nos debates, de forma madura, de forma responsável, buscando trazer a política para um ponto de equilíbrio. Como eu dizia no início, nós vivemos momentos um pouco extremados, e o cooperativismo nos inspira ao equilíbrio. Esse equilíbrio é essencial na vida de todos nós.

Eu concluo dizendo: contem sempre comigo para continuar a missão que, de alguma forma, Deus me deu de estar na vida pública, mas levando o cooperativismo como um compromisso permanente. Se eu ainda tiver a oportunidade de seguir mais alguma trilha por essa vida pública, que ela seja inspirada no cooperativismo e esteja a serviço do cooperativismo, que é uma causa de que muito me honra poder fazer parte. Parabéns! Que o cooperativismo continue nos inspirando e nos motivando a trabalhar por uma Minas melhor e por um Brasil melhor. Muito Obrigado. Parabéns, mais uma vez, Ronaldo e Antonio Carlos.