13ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 29/5/2025

Palavras do deputado Eduardo Azevedo

O deputado Eduardo Azevedo – Obrigado, Sra. Presidenta. É um prazer estar aqui para declarar o meu voto. Hoje, dentro da Assembleia Legislativa de Minas, discordar é desrespeitar. Vocês viram que a gente apresentou uma defesa em favor das comunidades terapêuticas. Ontem nós aprovamos aqui o Dia Estadual das Comunidades Terapêuticas em 2º turno e hoje também aprovamos que elas sejam consideradas como de relevante interesse cultural do Estado, o que é mais do que válido, pelo excelente trabalho que elas fazem. Vou fazer uma pergunta para vocês. Fico sem entender as pessoas que se levantam contra as comunidades terapêuticas. Quais são as instituições ou associações, digamos assim, que mais ressocializam, que mais tiram pessoas do mundo das drogas e que mais restauram famílias do que as igrejas? É impressionante o trabalho social relevante que as igrejas fazem para o Estado de Minas Gerais. Isso não ocorre somente no Estado, mas também no Brasil afora. A gente tende a entender que, quando ocorre esse ataque leviano às comunidades terapêuticas, pode ser que exista um preconceito. Por quê? Porque grande parte das comunidades terapêuticas são ligadas às igrejas. Onde o trabalho do Estado é ineficiente por não conseguir contemplar 100% a sociedade na restauração de pessoas que estão com a vida dilacerada pelo tráfico e pelas drogas, as comunidades terapêuticas chegam e fazem, porque o Estado é ineficiente. A nossa função aqui é desenvolver políticas públicas para dar suporte às comunidades terapêuticas, para que, assim, elas possam desenvolver o seu trabalho. Quando a deputada Chiara discordou do posicionamento da deputada Bella Gonçalves, ela desrespeitou a deputada? De forma alguma. Aqui as opiniões divergem mesmo, e nós precisamos entender que, quando discordamos, não estamos desrespeitando. Fico sem entender isso, porque a pessoa que vem aqui falar contra a comunidade terapêutica com certeza nunca teve um filho, um irmão, um pai ou uma mãe que mexe no mundo das drogas. É óbvio que, quando falei aqui, ontem… Existem várias irregularidades em todos os setores, sejam nas comunidades terapêuticas, sejam no comércio, sejam na indústria, e essas irregularidades precisam ser apuradas. Mas usar uma irregularidade para perseguir uma comunidade terapêutica é inadmissível. A deputada Chiara deu um exemplo muito importante do vereador Juninho, de Pará de Minas. O vereador Juninho foi resgatado por um trabalho da comunidade terapêutica. Estou falando do vereador Juninho porque, além dele, existem outros que têm a vida realmente reestabelecida por meio desse trabalho. Desconheço, na sociedade, uma organização ou uma instituição que faça um trabalho de restauração ou de recuperação de pessoas que vai muito além do trabalho das igrejas, e as igrejas são ligadas realmente às comunidades terapêuticas. Isso nos leva a entender, no Plenário, que as comunidades terapêuticas hoje são atacadas. Será que isso acontece por que são instituições sérias, dirigidas por pessoas sérias e cristãs, que defendem princípios e valores inegociáveis? Porque hoje, nesta sociedade pós-moderna e contemporânea, defender princípios e resgatar vidas é, no mínimo, ultrapassado e antiquado. Isso me leva a entender que realmente essa turma do Psol quer, cada vez mais, espalhar o caos para depois chegar aqui com a narrativa de que ela é a solucionadora do problema e que ela conseguiu resolver tudo. Já imaginou se não existissem as comunidades terapêuticas? Imaginem a quantidade de pessoas que estaria imersa no mundo das drogas. Hoje já são muitas, mas, se elas não fizessem esse trabalho, como seria? Não consigo contemplar a hipocrisia, gente. A pessoa vem aqui, ataca e fala mal das comunidades terapêuticas, mas que políticas públicas ela está fazendo para resgatar essas pessoas que realmente estão nas drogas? Se você não quer que a comunidade terapêutica tenha um dia estadual para poder relembrar e lhe dar suporte por tudo o que faz, a sugestão que lhe dou é a seguinte: pegue essas pessoas que estão na cracolândia, que estão jogadas no mundo das drogas, e leve-as para sua casa. Mas nem essa coragem ela tem; só tem coragem de chegar aqui para atacar. É isso o que nos leva a entender. Ela está atacando por quê? Porque são instituições direcionadas, digamos assim, dirigidas, presididas por cristãos. Infelizmente, hoje ser cristão no mundo é sofrer perseguição. Mas isso não importa. A gente está aqui para levantar valores, princípios e restaurar as pessoas. Parabéns às comunidades terapêuticas pelo trabalho que fazem.