DEPUTADO LELECO PIMENTEL (PT)
Questão de Ordem
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 22/02/2025
Página 25, Coluna 1
Indexação
8ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 20/2/2025
Palavras do deputado Leleco Pimentel
O deputado Leleco Pimentel – Primeiro, registro a alegria de ter aqui, hoje, presidindo a reunião, este que já é o grande presidente da Comissão de Cultura e que nos convoca a trazer uma importante reflexão ao Plenário. Ele é um campeão, porque, pelos estudos, nos nossos últimos projetos de lei votados neste Plenário, a Comissão de Cultura contribuiu com a agenda política do Estado de Minas Gerais. Em razão do seu trabalho, além de a comissão ter trazido ao Plenário a oportunidade de mostrar uma Minas Gerais muitas vezes escondida e invisibilizada, oportunizou também grandes debates, como o da questão do sistema estadual de cultura e, além disso, o dos problemas graves relacionados às Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, discutindo como a Secretaria de Estado de Cultura teve uma influência, naquele aspecto, muito negativa para que Minas pudesse, de fato, financiar a cultura, ou seja, colocá-la como um dos principais elementos da nossa economia. Cabe lembrar que cultura e turismo, juntos, somam, no PIB nacional, mais de 8%. Isso demonstrou que, na Comissão de Cultura, não existia um presidente de joelhos para o setor da economia, por exemplo, o das commodities da mineração. Mas o que me fez, presidente, pedir esta fala, além de querer parabenizá-lo pela brilhante condução e também pela nova eleição na Comissão de Cultura, foi uma denúncia que hoje está estampada no jornal O Tempo, de que, no modelo de concessão das rodovias – e está estampado hoje o que houve no Triângulo –, houve indiciamento. Agora são réus aqueles que, em nome de Zema, conduziram o processo. Nós estamos alertando sobre a construção de um caixa dois, um caixa de campanha. Ainda nesta semana, a Comissão de Participação Popular, em evento no Palácio Tiradentes, teve a oportunidade de ouvir, da boca do governador, que fazia campanha extemporânea para o seu vice, que eles estavam preparando o Estado, um estado que só existe do ponto de vista físico das estradas e de toda a infraestrutura. Na verdade, eu até queria dizer que a grande obra de infraestrutura nas rodovias, no modelo de concessão, vocês sabem qual é? Praça de pedágio. O asfalto continua sem duplicação. Os asfaltos estão cheios de buracos, e ele quer agora convencer a gente – a exemplo da BR-356, que ele coloca em um pacote do Lote 07 – de que ele aumentou o recurso da repactuação de R$2.100.000.000,00 para R$5.000.000.000,00, sem nenhum projeto. É como, deputado Cleiton, se o senhor tivesse planejado construir uma casa, mas não tivesse feito o projeto. Em sua cabeça, o senhor imaginava construí-la por R$100.000,00. Mas o senhor não construiu o projeto, e, no outro dia, acordou e falou: “Não, eu vou precisar mesmo é de R$500.000,00”. É assim que ele tem feito com o lote de cada rodovia, inclusive aproveitando os ativos federais. Nós podemos levar ao ministro Renan e ao superintendente do Dnit em Minas Gerais que nós não aceitamos isso. É construção de caixa dois. Esse governo precisa ser denunciado, e o governo federal precisa retirar as rodovias federais dessa grande orquestração de caixa dois. Esse é o verdadeiro modelo de concessão que Zema quer para as estradas. Zema, é lamentável! Agora, é bom que a gente vincule o seu secretariado à sua ação, que é conivente para impor pedágio e para roubar o povo de Minas Gerais. Obrigado, presidente. Fico agradecido. Quero parabenizá-lo novamente pela presidência da Comissão de Cultura desta Casa, que elevou sobremaneira a condição de disputa política desta Assembleia no consciente de toda Minas Gerais. Gratidão!
O presidente – Agradeço a gentileza, deputado Leleco Pimentel. Com a palavra, pela ordem, a deputada Beatriz Cerqueira.