Efetivo da segurança e marmitas contaminadas pautam reunião
Secretário de Estado e gestoras de presídio feminino foram convocados a participar de audiência pública nesta terça (6).
02/10/2020 - 14:27Depois de tentar ouvir o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, general Mario Araujo, em duas oportunidades, sobre o deficit de efetivo no setor, a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) resolveu convocá-lo para audiência pública agendada para a próxima terça-feira (6/10/20), às 9 horas, no Auditório José Alencar. A reunião foi solicitada pelos deputados Sargento Rodrigues (PTB), Gustavo Santana (PL), João Leite (PSDB) e Professor Cleiton (PSB).
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Um dos principais assuntos em pauta será a falta de pessoal nos sistemas prisional e socioeducativo, uma vez que os comandantes do Corpo de Bombeiros e das Polícias Militar e Civil apresentaram o quadro atual nas suas corporações na última terça (29/9), em uma das audiências na qual o secretário era aguardado.
Na ocasião, representantes de aprovados no último processo seletivo para os sistemas prisional e socioeducativo voltaram a reivindicar a nomeação de mais de 3 mil agentes, que teriam sido selecionados e já treinados para o trabalho nas penitenciárias.
Dados apresentados pelo próprio governo no último ciclo do Assembleia Fiscaliza apontam que o efetivo atual de agentes penitenciários é de 16.514 profissionais, enquanto são previstos em lei 17.655 cargos. O sistema socioeducativo deveria funcionar com 2.458 agentes, mas hoje o Estado conta com apenas 1.901.
Também participarão da audiência gestores de entidades representativas dos agentes de ambos os sistemas.
Marmitas – Outro tema que será debatido na mesma reunião são as denúncias de contaminação da comida oferecida em unidades prisionais.
No mês passado, servidores da Penitenciária Belo Horizonte 1, antigo Complexo Penitenciário Feminino Estêvão Pinto, relataram que as marmitas entregues para alimentação tanto dos próprios funcionários quanto das detentas estavam chegando repletas de baratas. A situação seria semelhante em outras unidades.
A diretora-geral do presídio, Anamaria Pereira, e a diretora administrativa, Jacqueline Pereira, também foram convocadas a prestar esclarecimentos à comissão.