A discussão participativa do PPAG desta quinta (9) abordou programas do Governo do Estado para a área de segurança pública
O coronel Marcos Dias apontou as ações que devem ser prioridades em 2018
Letícia Gamboge informou que serão nomeados 116 novos investigadores

Índices de criminalidade em Minas Gerais estão em queda

Segundo a PM, apesar da crise, o Estado tem conseguido reduzir os números de crimes violentos, homicídios e roubos.

09/11/2017 - 11:31

Minas Gerais é um dos únicos estados da federação que apresenta queda em índices de criminalidade. A informação foi dada pelo chefe da Seção de Planejamento e Gestão Orçamentária e diretor de Apoio Operacional da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Dias, nesta quinta-feira (9/11/17), dentro da Discussão Participativa do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2017 – 2019 - Revisão 2018, realizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Ele foi um dos gestores presentes ao encontro que abordou programas do governo para a área de segurança pública, nos temas infraestrutura das polícias ostensivas e judiciária e da defesa civil; prevenção ao crime e justiça criminal; e sistema socioeducativo e prisional.

De acordo com o coronel Marcos Dias, o Estado conquistou, até setembro de 2017, uma redução de 10,25% na taxa de crimes violentos, de 7,23% nos homicídios e de 10,73% nos índices de roubos, em comparação com o mesmo período de 2016. “Essa redução é resultado da ação forte do governo estadual e das forças de segurança pública no combate à criminalidade”, apontou.

O subsecretário de Estado de Integração de Segurança Pública, Marcelo Vladimir Corrêa, acrescentou que a melhora nos índices de criminalidade mostra a importância do trabalho de prevenção.

Polícia Militar quer ampliar bases móveis

O coronel Marcos Dias afirmou que, em 2018, devem ser priorizadas duas ações pelo Governo do Estado: a ampliação das bases móveis e do programa de digitalização da rede de comunicação da Polícia Militar.

Ele explicou que o objetivo é expandir para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a implantação das bases da Polícia Militar. De acordo com o coronel, a ação, que já conta com 68 bases instaladas na Capital, está sendo muito bem recepcionada pela população, pois permite a aproximação da polícia com a comunidade.

Já o programa de digitalização da rede da Polícia Militar foi implantado em 2017 na RMBH e a previsão é de que seja expandido para o interior do Estado em 2018. Segundo o coronel Marcos Dias, o programa, que migra a rede do sistema analógico para o digital, permite maior rapidez e qualidade nas comunicações, já que elas passam a ser criptografadas, tornando seu acesso restrito.

Polícia Civil prevê reformas nas suas instalações

A superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças da Polícia Civil, delegada Letícia Gamboge, disse que a perspectiva para 2018 é de realização de reformas prediais nas unidades da instituição em todo o Estado.

Outro ponto a ser focado é a capacitação dos servidores para garantir, em especial, a estruturação da Coordenadoria de Recursos Especiais, possibilitando um melhor apoio às unidades policiais na investigação de crimes graves e violentos.

Letícia Gamboge informou ainda o reforço nas investigações com a nomeação de 116 novos investigadores, além da previsão de realização de concurso para 76 delegados.

A delegada lembrou que, além da polícia judiciária, a Polícia Civil é também responsável pelos serviços de trânsito, registro e controle de veículos, habilitação de condutores e identificação civil e criminal. “Nossa intenção é também ampliar e melhorar a prestação desses serviços”, concluiu.

Ampliação de vagas - O superintende de Planejamento, Orçamento e Finanças da Secretaria de Estado de Administração Prisional, Felipe Afonso Costa, disse que uma das ações priorizadas para 2018 é a ampliação de vagas no sistema prisional, tanto na RMBH e quanto no interior.

Para tanto, o Estado deverá utilizar recursos de fundo nacional, ampliar os convênios com as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) e reorganizar as cadeias da Polícia Civil.

Priorização das ações é fundamental

O diretor central de Monitoramento da Execução Física e Orçamentária da Secretaria de Planejamento e Gestão, Felipe Magno Parreiras de Souza, esclareceu que, como o Estado Minas Gerais se encontra em uma situação financeira difícil, as discussões participativas do PPAG ganham importância, diante da necessidade de priorizar o planejamento governamental. “Temos que concentrar recursos no que realmente é importante para a população”, afirmou.

O presidente da Comissão de Participação Popular, deputado Doutor Jean Freire (PT), também destacou que as discussões do PPAG possibilitam à população participar do planejamento do Estado. Ele lembrou que a segurança pública é um tema de grande interesse para a sociedade.

As discussões em Belo Horizonte se encerram nesta quinta-feira (9). O objetivo é coletar sugestões da sociedade para a revisão do PPAG, plano que organiza os programas e ações governamentais para um período de quatro anos e que passa por adequações anuais ao Orçamento do Estado.

As sugestões oriundas da discussão participativa do PPAG podem dar origem a propostas de ação legislativa (PLEs), que serão analisadas pela Comissão de Participação Popular, podendo se materializar em requerimentos, pedidos de providência ou emendas a projetos de lei.

Nesta sexta-feira (10), um encontro em Montes Claros (Norte de Minas) encerra as atividades da discussão participativa do PPAG neste ano.