Esclarecer com os comandantes da 6ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) as irregularidades verificadas na visita que a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fez à unidade. Para atender a esse objetivo, a comissão convocou para uma audiência pública, nesta terça-feira (7/11/17), às 9h30, no Plenarinho IV, o major Renato Salgado Cintra Gil, comandante da companhia, e o tenente-coronel Eduardo Felisberto Alves, comandante do batalhão.

O deputado Sargento Rodrigues (PDT), presidente da comissão e autor do requerimento da audiência, quer discutir com os dois oficiais o que foi constatado naquela unidade policial.

Entre os problemas apontados na visita realizada no último dia 24 de outubro estão escala de trabalho irregular, ambiente insalubre (fezes de ratos espalhadas pelo chão) e desvio de função (policiais trabalhando como pedreiros).

Pedreiros - Na ocasião, três sargentos e dois cabos estavam trabalhando como serventes de pedreiro em uma obra dentro da companhia, no Centro da Capital. "Eles deveriam estar na rua, prestando serviço de segurança para a população", afirmou Sargento Rodrigues, que classificou como crime militar o desvio de função.

Foi constatada ainda a sobrecarga de trabalho dos PMs e o descumprimento da Lei Complementar 127, de 2013, que fixa em 40 horas a carga semanal de trabalho dos militares estaduais.

Presente à visita, o 3°-sargento Marco Antônio Bahia Silva, presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), esclareceu que a carga horária estaria sendo extrapolada em 16 horas, mensalmente.

A falta de saídas de emergência adequadas no local e a existência de um extintor de incêndio vencido foram outros pontos que preocuparam os deputados.

Convidados - Além dos comandantes convocados, para a audiência foram convidados representantes de entidades representativas dos militares e do Ministério Público.

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