A prevenção ao suicídio vai pautar um debate público que a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza nesta segunda-feira (25/9/17). A reunião está marcada para as 13h30, no Auditório José Alencar Gomes da Silva, e integra a campanha Setembro Amarelo. Todos os anos, a ALMG adere a essa campanha de conscientização e se ilumina de amarelo. O debate foi solicitado pelo deputado Antônio Jorge (PPS).

Entre os integrantes da mesa de abertura do evento está o psiquiatra Humberto Correa da Silva Filho, que é vice-presidente da Associação Mineira de Psiquiatria, professor da Faculdade de Medicina da UFMG e especialista no chamado comportamento suicidário.

Segundo ele, em 100% dos casos o suicídio está ligado a uma doença mental, mesmo que nem sempre facilmente perceptível, sendo a mais comum a depressão. Dessa forma, ele alerta que é preciso estar atento aos sinais, como tristeza, desânimo, perda do sono e do apetite, pessimismo e, sobretudo, quando a pessoa fala da vontade de morrer.

Nesses casos, de acordo com Humberto Filho, o primeiro conselho é ouvir e dar crédito a tudo o que essa pessoa tem a dizer, além de encaminhá-la para um profissional de saúde, de preferência um médico psiquiatra. Ele completa que esse tipo de atendimento pode ser obtido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Temos que desfazer o mito de que quem fala que vai se matar nunca tem coragem de fazê-lo. Isso é mentira. Em quase todos os casos, as pessoas comunicam antes sua intenção”, afirma.

Estatísticas - De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, o suicídio é responsável por mais mortes do que homicídios e guerras juntos. A cartilha “Suicídio: informando para prevenir”, da Associação Brasileira de Psiquiatria, cita estudo de 2005 que revela que, estatisticamente, a cada 100 brasileiros, 17 já cogitaram se matar.

Confira a programação do evento: