19ª REUNIÃO ESPECIAL DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 28/8/2023

Palavras do Sr. Jair Messias Bolsonaro

O Sr. Jair Messias Bolsonaro - Sr. Presidente Tadeu Leite, obrigado por este momento; prezado governador, é uma satisfação estar aqui, é uma honra vê-lo neste evento.

Eu vou deixar uma dúvida perante todos vocês aqui. Vocês estão vendo que o Zema está com uma cara mais feliz, mais alegre. Eu não vou contar toda a história, não, mas os senhores sabem que, quando se pergunta a idade a um homem, ele responde que ele tem a idade da mulher que ama. Então estou vendo o Zema bastante feliz; com toda certeza, é porque ele está vivendo um momento muito bom em sua vida.

Também um momento bom para o Estado de Minas. Nós sabemos como ele pegou Minas lá atrás e como ele deu uma sacudida neste estado – colocou as contas em dia e navega com vocês. É um homem que, pelo que sei, nunca esteve na política. Eu também jamais esperava ser vereador na minha vida e acabei sendo eleito vereador em 1988. E também fui eleito presidente da República, algo que jamais esperava. Assim como o Zema não tinha a marca do político, eu também não tinha essa marca. E nós vencemos naquele momento.

Por vezes, eu vejo jovens, como o Bruno Engler aqui, possível candidato à Prefeitura de BH, cheios de sonhos. Eu particularmente converso com ele, Brunão, como o chamava, agora já diminuiu o seu tamanho, dizendo: você entende o tamanho da responsabilidade, o tamanho da necessidade que o povo tem dos seus representantes no Executivo. Obviamente, ele sabe o que representa.

Minas é um berço de bons políticos. Eu acho que é por isso que me intitulei como tendo renascido em Juiz de Fora. A política está no sangue do homem e da mulher, agora não é fácil você ser chefe do Executivo ou da menor prefeitura aqui de Minas Gerais ou do governo do Estado, não é fácil, há ingratidões, incompreensões. Por quanto em quanto tempo, naquela Mesa lá em Brasília, eu perguntava: meu Deus, o que eu fiz, qual foi o meu pecado para pagar um preço tão alto? Porque não é alegria. A única satisfação que você tem é de poder servir ao seu povo. E creio que nós fizemos isso ao longo de quatro anos.

Eu peguei, prezado Zema, os quatro anos mais atribulados da história do Brasil, com a pandemia, uma crise hídrica, uma guerra lá fora, uma crise econômica na Argentina, com reflexo direto para todos nós aqui, mas fizemos o possível de domingo a domingo. Raramente eu tinha algumas horas de folga, essas poucas horas para ver o meu time de futebol na televisão. O Cruzeiro retornou, está fazendo um bom papel aqui na primeira divisão, retornou para o local de onde não deveria ter saído. Se bem que, neste momento, eu torço para que o Coelho não caia, uma missão muito difícil, mas estamos fazendo a nossa parte.

Montamos o nosso ministério. E quem é do Executivo sabe as dificuldades, as pressões que existem de outros setores, por outros nomes, mas creio que, ao longo de quatro anos, deixamos uma marca, não eu deixei, mas nós deixamos, nós aqui. Passamos a admirar novamente a nossa bandeira, prezado presidente da Assembleia Legislativa. Acho que no passado raramente havia bandeiras do Brasil aparecendo em momentos como este. Então passaram a fazer parte da nossa vida as cores verde e amarelo, cantar o Hino Nacional com o coração, falar em família, falar em algo que muitos achavam que era eterno. E hoje vocês sabem que não é, mas ele é tão importante quanto o oxigênio que nós respiramos, que é a nossa liberdade, momentos difíceis para todos nós quando a gente vê que algo está indo bem e de repente acontece um incidente.

Mas consideremos o que aconteceu no ano passado como uma página virada. Vamos em frente. Este Brasil é muito grande. Ninguém tem o que nós temos. Quem tem terras agricultáveis com nós? Quem tem biodiversidade, riquezas minerais? Aqui em Minas podemos citar algo fantástico: Araxá, Vale do Jequitinhonha, que volta, volta não, começa agora com o lítio, um trabalho hercúleo nosso junto ao governo do Estado, até que, em meados do ano passado, apareceu o decreto para que explorassem então o lítio no Vale do Jequitinhonha. A Cota nº 762 parece que se encaminhou para uma solução agora para todos vocês aqui. Quem tem um clima como o nosso? Quem tem belezas naturais como nós? Ninguém tem. Agora, por outro lado, meus senhores, quando se tem tanta riqueza assim, é motivo de preocupação.

Gente além-fronteira olha para nós com outros olhos. E o que é pior do que isso? Gente de dentro pensa com o coração ou uma mente diferente da nossa. O povo brasileiro... (– Toca o celular.) Não vou atender, não. Se fosse a Michelle, eu atenderia. Como é o Valdemar, não vou atender, não! (– Risos.)

Então temos esse problema. Há gente que quer o poder pelo poder e não para servir a sua Pátria. Essa história, esse legado nós aprendemos a... Ou melhor, nós descobrimos o Brasil. E, às vezes, eu falo: a maior riqueza nossa é a Amazônia; ela era cobiçada antes de 1500. Acredite se quiser! Quem é do tempo da Rádio Relógio deve se lembrar disso aí. É que o Tratado de Tordesilhas é de 1494. Onde é Oeste daquela linha, onde se inclui a Amazônia, não pertencia a Portugal. Coincidência ou não? Não sei. Mas o Brasil é um país fantástico. Costumo dizer que esta aqui é a Terra Prometida. Aqui, realmente, foi onde Ele nasceu com toda a certeza. E nós ou cada um de nós é responsável pelo futuro da sua pátria. Não podemos procurar um salvador da pátria. Quem salva a nossa pátria é o nosso Deus. Nós devemos é procurar pessoas que queiram, realmente, colaborar com o destino da nossa nação. E esse destino passa pela política. Nós somos seres políticos por natureza e, quando entramos na política, nos apaixonamos por ela.

O evento aqui não é do meu partido, o evento aqui é um título que eu recebo de forma bastante honrosa. A partir de agora eu sou oficialmente, prezado coronel, um mineiro de coração. Os momentos difíceis nas nossas vidas a gente consegue superá-los com quem, realmente, nos apoia nesses momentos difíceis. Eu peço a Deus que ilumine a todos neste Brasil, sem exceção. E, assim, eu, todo dia, antes de sair de casa, dobro o meu joelho, rezo um Pai Nosso e peço a Deus que o nosso povo não sinta as dores do comunismo. Quero apenas uma coisa, se Deus me der força, enquanto ela eu tiver, que eu possa colaborar com o futuro do meu país.

Estou muito orgulhoso de vocês, feliz com essa comenda, feliz ao lado dessa pessoa humilde, que é o nosso governador Romeu Zema, e feliz ao lado desse povo mineiro, do berço da liberdade! E, se me permitem aqui, eu quero fazer uma leitura, que não vai durar 30 segundos, que seria o decálogo do PL. Mas eu quero oferecer ao povo brasileiro, como um decálogo ao homem e à mulher brasileira, aquilo que nós representamos, aquilo que nós somos e aquilo que nós queremos. Diz este breve decálogo aqui, o decálogo do povo brasileiro: “Defendemos a nossa Constituição, a família brasileira, a vida desde a concepção, a propriedade privada, o legítimo direito à defesa, a diminuição da carga tributária, a liberdade econômica, a agroindústria e o combate às drogas”. Muito obrigado a todos vocês de Minas Gerais.