15ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 15ª LEGISLATURA, EM 24/3/2004 Palavras do Deputado Célio Moreira O Deputado Célio Moreira - Obrigado, Presidente. Cumprimento as Deputadas e os Deputados, os funcionários desta Casa e a todos os telespectadores da TV Assembléia. Um fato importante e motivo de muito orgulho para todos nós mineiros me traz hoje a esta tribuna. Pela primeira vez, neste meio século de atividades da Mannesmann no País, um brasileiro, melhor dizendo, um mineiro, vai romper nossas montanhas, atravessar o Atlântico, para assumir a chefia da Divisão de Tubos Laminados da V&M Tubes em Paris, inserindo nossa Minas Gerais cada vez mais no cenário internacional. Estamos falando do competente engenheiro, do jovem executivo Dr. Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco, de 43 anos, atual presidente da V&M do Brasil, instalada no Barreiro, que, a partir de lº de julho, assumirá a nova função no grupo, em Bologne- Billancourt e, paralelamente, também a Presidência do Conselho de Administração da V&M do Brasil. O brilhante executivo Marco Antônio, uma das maiores reservas de inteligência deste Estado, vai chefiar usinas de tubos laminados localizadas na Europa e a V&M do Brasil. Minas Gerais, ocupando de forma expressiva um espaço no universo empresarial europeu, um mercado exigente, altamente competitivo, viu neste nosso jovem executivo qualidades que o credenciam a responder por este importante posto. Não foi o acaso, tampouco a benevolência da cúpula do grupo V&M Tubes os fatores que determinaram a ascensão deste jovem executivo, mas sua capacidade e inteligência imensuráveis. É nesses pilares que se sustenta essa promoção, fomentada pelos resultados obtidos pelo executivo na condição de Presidente no Brasil. Faz-se imperioso destacar que, quando o Dr. Marco Antônio assumiu a Diretoria da V&M do Brasil, em 2000, encontrou a empresa operando no vermelho, mergulhada em déficits financeiros que se acumularam nos cinco, seis anos anteriores. Assumia a direção da empresa e uma dívida próxima de R$400.000.000,00, situação que conseguiu reverter em apenas dois anos. O desempenho operacional da V&M do Brasil, no ano passado, surpreendeu até os mais otimistas, alcançando resultados em torno de US$70.000.000,00, um recorde na história da empresa. A sina vitoriosa desse homem, de inteligência privilegiada, já fora delineada na vida acadêmica, ao ser contemplado com a medalha de ouro por seu destaque na turma em que se formou engenheiro metalurgista pela UFMG, em dezembro de 1983. Seu ingresso na Mannesmann deu-se em 1984, na função de engenheiro pesquisador da Chefia de Controle e Pesquisa. No ano seguinte, seguiu para a Alemanha, onde fez doutorado em metalurgia na Universidade Técnica Clausthal. De fevereiro de 1989 a junho de 1992, ocupou o cargo de assistente da Diretoria Industrial da Mannesmann S.A. Foi alçado à chefia do Departamento de Ferro-Gusa da empresa em 1992, permanecendo no cargo até agosto de 1995, ano em que foi promovido a Superintendente Técnico da Mannesmann Florestal, onde ficou até 1999. Naquele ano, o executivo dava um novo salto na hierarquia da empresa, chegando então a Diretor Comercial da Mannesmann S.A. Em maio de 2000, o Dr. Marco Antônio Castelo Branco ascendeu ao posto máximo da empresa, merecidamente, sendo empossado Diretor- Presidente e de Operações da Vallourec & Mannesmann do Brasil. Por sua visão empresarial e capacidade soberba, esse executivo de caráter impoluto foi chamado a dar sua contribuição ao Estado e ao País, na Vice-Presidência da FIEMG, em 2002, assumindo paralelamente a Vice-Presidência da Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal - ABITAM. Foi alçado à Presidência da Câmara do Comércio França-Brasil a partir de dezembro de 2001 e, concomitantemente, passou a integrar o Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Siderurgia. Esse é, Deputadas e Deputados, um breve esboço das qualidades, da conduta profissional e dos feitos desse grande executivo, de quem tive a honra de ser amigo e companheiro de trabalho. Um homem de grandes feitos, que encanta a todos pela simplicidade e pela sensibilidade que caracterizam seu perfil e que tão bem souberam traduzir, no trabalho e na vida, as qualidades resultantes do somatório das virtudes das tradicionais famílias Castelo Branco e Soares da Cunha. Deixa o Dr. Marco Antônio grandes exemplos para os jovens. Além disso, revela-nos, em sua trajetória de vida, o segredo do sucesso profissional. O novo Presidente da V&M do Brasil, a partir de 1º de julho, será o Dr. Flávio de Azevedo, que se reportará diretamente ao Dr. Marco Antônio Castelo Branco. Assume o Dr. Flávio a V&M do Brasil num momento em que a empresa vem de um recorde de negócios desde sua fundação, com a responsabilidade de torná-la ainda maior em volume de negócios concentrados na produção de tubos sem costura. Um desafio, estou certo, à altura desse que é também um exemplo profissional. O futuro Presidente da V&M do Brasil é gaúcho, natural de Porto Alegre, tem 50 anos e é engenheiro-metalúrgico, formado pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Além disso, é pós-graduado em Engenharia Metalúrgica e de Metais pela mesma universidade e ostenta o titulo de Mestre de Metalurgia, tendo-se doutorado também na Alemanha. A sua carreira na Mannesmann S.A. teve início em 1987, como assistente da Diretoria Industrial, passando, em 1989, a gerente do Departamento de Engenharia de Qualidade na empresa, na qual tive a oportunidade de trabalhar. Ele era o meu chefe. Em 1996, chegou a Superintendente de Desenvolvimento e Qualidade, depois a Superintendente de Qualidade e Atendimento ao Cliente em 1999; em 2000, tornou-se Superintendente de Tubos Automotivos e de Precisão e, dois anos depois, foi empossado na Superintendência-Geral de Produção. É o Dr. Flávio, autor de 33 trabalhos técnicos sobre metalurgia, processos metalúrgicos e modelamento de fenômenos metalúrgicos publicados em periódicos ou apresentados em seminários e congressos no Brasil e no exterior. Para o posto de Superintendente-Geral de Produção da V&M do Brasil, será nomeado o também brilhante e competente engenheiro Ângelo Issa, que tem 50 anos e faz carreira na empresa desde janeiro de 1976. Iniciou como engenheiro-metalurgista da aciaria, passando pela chefia do Serviço de Lingotamento Contínuo, depois a Gerente de Aciaria, chegando a Superintendente de Engenharia e Produção. Entendo como importante este momento de lembrarmos a origem da Mannesmann, a sua chegada a Minas Gerais e a sua importância para o Brasil. A V&M do Brasil - ex-Manesmann S.A. - foi fundada em 1952, a pedido do Governo brasileiro, para atender às necessidades de tubos de aço, sem costura, da emergente indústria petrolífera nacional, a PETROBRÁS. Belo Horizonte, e mais precisamente a região do Barreiro, foi escolhida para sediar a empresa por possuir recursos abundantes de reservas de minério de ferro, além de reservas hídricas. A produção de aço iniciou-se em 1956. Em 1990, em vista da nova política brasileira de abertura de mercado, a V&M do Brasil se viu diante de uma forte concorrência internacional, sendo forçada a uma série de investimentos tecnológicos, à adoção de medidas de contenção de custos e a significativas reestruturações operacionais. Em 1996, direcionou o seu foco para a sua principal atividade, a produção de tubos de aço sem costura, abandonando a linha de aços especiais. Em 1999, atingiu a meta de abastecer as fábricas de tubos sem costura com matéria-prima exclusiva proveniente do lingotamento contínuo, desativando o lingotamento convencional e a laminação de barras. Passou a investir sistematicamente em tecnologia, modernização e meio ambiente. Em 2000, tornou-se um novo marco histórico para a empresa, que passou a integrar a Vallourec & Mannesmann Tubes, com o nome de V&M do Brasil S.A., fato que contribuiu para o fortalecimento da empresa e para o aumento da competitividade. O ano de 2001 foi considerado o da virada para a V&M do Brasil, quando alcançou excelentes resultados, apresentando um lucro líquido consolidado de R$101.400.000,00 e um aumento de produção de tubos sem costura em 9%, comparado a 2000. Foram despachadas 418 mil toneladas de tubos sem costura, o maior volume da empresa. Combinando excelência em qualidade e tecnologia em pesquisa com desenvolvimento, a V&M do Brasil pode oferecer aos seus clientes nacionais e internacionais uma nova performance. A sua política é operar com elevado padrão de qualidade e modernas tecnologias, visando a se manter na liderança do mercado, com produtos e serviços que atendam às necessidades de seus clientes, promovendo a saúde, a segurança no trabalho e a preservação do meio ambiente. A Vallourec & Mannesmann Tubes é uma das principais empresas no competitivo mercado de tubos sem costura. Os seus produtos são oferecidos em dimensões variadas, devido aos diferentes processos de produção em suas respectivas fábricas na Europa e no Brasil. A empresa foi fundada em outubro de 1997, por meio de uma “joint venture” entre o grupo francês Vallourec - 55% de participação acionária - e a alemã Mannesmann-RohrenWerke, com 45%, que uniram suas produções e interesses nos mercados de tubos de aço sem costura. Em 2 de junho de 2000, a brasileira Mannesmann, localizada em BH, passou a integrar o grupo. Com o devido respeito a todos os grandes Presidentes que fizeram a história da hoje V&M do Brasil, é oportuno e justo observar que a ascensão do Eng. Marco Antônio à direção comercial da empresa, no final de 1999, coincide com um substancial salto contábil da V&M do Brasil e o início de seu reerguimento. Homens como o Dr. Marco Antônio merecem o nosso aplauso porque engrandecem esta Pátria e particularmente este Estado. Boa sorte, Sr. Marco Antônio, sucesso em sua futura experiência profissional e também de vida. Que Deus o abençoe, e a sua família também. Obrigado”.