Política: Márcio Garcia Vilela
Um personagem que vivenciou os bastidores do Poder Executivo de Minas Gerais na gestão de seis governadores. No Memória & Poder, o jurista e procurador do Estado aposentado, Márcio Garcia Vilela, conta a trajetória dele em cargos estratégicos do governo estadual, até chegar, por três vezes, a chefiar secretarias. A história de Márcio Vilela no governo mineiro começa cedo, logo após a formatura em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ele ingressa no Governo Magalhães Pinto e logo vai trabalhar como chefe de gabinete de Aureliano Chaves, na Secretaria de Educação. Nessa época, Márcio acompanhou de perto as articulações de Magalhães para o golpe militar e também uma tentativa frustrada do político para prorrogar o mandato de governador. Márcio volta ao governo durante a gestão de Rondon Pacheco. Logo depois, torna-se secretário de governo de Aureliano Chaves. Era um momento chave para o Estado, com a implantação da Fiat em Betim, em 1976. Daquela época, Márcio Vilela fala também sobre os bastidores da sucessão de Aureliano que levaram à indicação de Francelino Pereira ao cargo. Antes de Francelino tomar posse, Márcio tem uma passagem como secretário de Indústria e Comércio de Ozanam Coelho. Em seguida, torna-se secretário da Fazenda. O clima era de apreensão com a greve dos professores, a necessidade de investimentos na Fiat e a dificuldade na captação de investimentos. Superada a crise e com o fim do governo, Márcio é convidado pelo então eleito governador, Tancredo Neves, a ser presidente do banco estatal Bemge. Seria o último cargo público a ser ocupado pelo ex-secretário.