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ORADORES EM PLENÁRIO

Violência política e condenação de homem que ameaçou deputadas repercutem em Plenário

Parlamentares também abordaram temas como a escravidão e a exploração e desvios do INSS.

13/05/2025 - 18:05
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A condenação do homem que ameaçou as deputadas Beatriz Cerqueira (PT), Bella Gonçalves (Psol) e Lohanna (PV) foi celebrada durante os discursos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Na Reunião Ordinária de Plenário desta terça-feira (13/5/25), parlamentares também abordaram a escravidão, a mineração e os desvios do INSS.

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“Eu mesma, em algum momento, desacreditei que iríamos conseguir responsabilizar o autor dessas ameaças”, reconheceu a deputada Bella Gonçalves. Segundo ela, a ação da ALMG e do Ministério Público de Minas Gerais foram fundamentais para uma resposta efetiva. 

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A dificuldade de punir a violência política e a falta de regulamentação do espaço cibernético aumentam a angústia das vítimas. Ao mencionar outros casos de tentativa de intimidação de mulheres ocupantes de espaços públicos, a parlamentar destacou que é necessário avançar ainda mais nessa luta. 

Para a deputada Lohanna, é importante frisar que esse tipo de violência tem como alvo específico as mulheres progressistas. Diante disso, lembrou que líderes de direita, esquerda e centro se uniram para traçar uma linha do que é aceitável. 

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A parlamentar também destacou o respeito pelo trabalho realizado pela Polícia Militar de Minas Gerais.

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“A escravidão é uma agenda incompleta, imoral e cruel”, define deputado 

Conforme o deputado Leleco Pimentel (PT), a entrada em vigor da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, foi uma “fachada”. Ao mencionar o caso do trabalhador tatuado com as iniciais dos patrões e a mais recente lista de empresas condenadas por trabalho análogo à escravidão, o parlamentar afirmou: “Repito: 13 de maio não é Dia de Negro”.

Ele salientou que Minas Gerais lidera o ranking divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo Leleco Pimentel, o tráfico de pessoas e a exploração grave ocorrem principalmente em atividades ligadas ao agronegócio e à cafeicultura. “O agro é tóxico, mata”, sintetizou.

O deputado ainda citou pedido de providências para a suspensão de licenças de empregadores acusados desses crimes, leis, audiências e outras medidas para prevenir e punir esses casos. Assim como as deputadas, parabenizou o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) pela mobilização em favor do pagamento indenizatório.

Deputados lamentam dramas familiares

Além do minuto de silêncio solicitado pelo deputado Ricardo Campos (PT) para lamentar o falecimento de Luís Davi Campos, arrastado por um cavalo em São João da Ponte (Norte), outros dramas familiares foram abordados. Um deles foi o caso de Davi Resende, diagnosticado com Distrofia Muscular de Duchenne (DMD).

O deputado Cristiano Silveira (PT) criticou vídeo recente postado pelo governador Romeu Zema (Novo) fazendo campanha para ajudar a comprar remédios para o menino. Assim como Lohanna, o parlamentar lembrou que o gestor aumentou o próprio salário, mas não atuou para que o Estado pudesse custear o tratamento.

Cristiano Silveira também lamentou a descoberta dos corpos de avó, mãe e filha no Bairro Barro Preto na véspera do Dia das Mães. Além de ressaltar a importância do Projeto de Lei 1.529/23, de sua autoria, que prevê a criação da política “Cuidar de quem cuida”, criticou o veto ao repasse orçamentário para a iniciativa de apoio a cuidadores

Parlamentares comentam fraude no INSS

A fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pautou o discurso do deputado Bruno Engler (PL). Ele rebateu acusações de que o esquema de descontos indevidos em aposentadorias teria começado no governo de Jair Bolsonaro. 

O parlamentar frisou que foi Bolsonaro quem propôs a Medida Provisória (MP) 871/19, que instituiu mecanismos para coibir fraudes no INSS. A votação dessa MP na Câmara dos Deputados e no Senado teve a oposição de parlamentares do PT, segundo Bruno Engler.

O deputado ainda reforçou que a oposição ao governo federal no Congresso propôs a criação de uma CPI para investigar o INSS, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é contra. “Infelizmente, todos os governos petistas são marcados por escândalos de corrupção”, lamentou, citando os esquemas que ficaram conhecidos como “mensalão” e “petrolão”.

Em apartes, a deputada Amanda Teixeira Dias (PL) defendeu a CPI do INSS, o deputado Eduardo Azevedo (PL) rebateu as críticas ao agronegócio feitas pelo deputado Leleco Pimentel e o deputado Caporezzo (PL) criticou o chamado Movimento Brasil, iniciativa do ex-presidente Michel Temer com o objetivo de unir cinco governadores em torno de uma candidatura de direita para a presidência da República em 2026. 

Ao final da reunião, o deputado Cristiano Silveira rebateu as acusações feitas pelo deputado Bruno Engler. Ele ressaltou que as fraudes no INSS começaram no governo Bolsonaro e foram descobertas agora graças às investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União no governo Lula.

Governador encaminha indicação para a Utramig

Durante a Reunião Ordinária, foi recebida mensagem do governador Romeu Zema encaminhando a indicação de Gleison Cunha Soares para a presidência da Fundação de Educação para o Trabalho (Utramig). A indicação será analisada por uma comissão especial e submetida à aprovação do Plenário. A Utramig oferece cursos profissionalizantes para a população com maior vulnerabilidade.

Reunião Ordinária - tarde - oradora

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Deputadas comentam condenação de homem que as ameaçava TV Assembleia

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“Se a gente não tem condições de respeitar o direito à vida de quem pensa diferente, estamos indo para o lado de quem prefere a pólvora à política.”
Lohanna
Dep. Lohanna

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