Segunda Musical traz concerto especial que celebra o barroco
Programa reúne nesta segunda (6) obras de Johann Sebastian Bach e canções do cancioneiro brasileiro em diálogo com o espírito barroco.
A saxofonista e compositora mineira Maria Bragança apresenta o concerto “Alma Barroca – série II: o Barroco na luz do século XXI”, no Segunda Musical Especial.
O programa reúne obras de Johann Sebastian Bach e canções do cancioneiro brasileiro em diálogo com o espírito barroco. Dividindo o palco com o cravista e servidor da ALMG Antonio Carlos Magalhães e o violoncelista Robson Fonseca, a artista propõe uma experiência estética que une tradição e contemporaneidade.
“Somos um povo barroco. O barroco, no Brasil, não se restringe a uma época histórica, mas faz parte da nossa essência. Bach é o grande arquiteto da música ocidental, e este concerto busca trazer sua obra para a luz do século XXI, também através de novas transcrições”, afirma Maria Bragança.
A proposta dá continuidade ao álbum e concerto “Alma Barroca – série I”, realizado em 2002, que levou a música barroca brasileira e europeia a palcos das cidades de Colônia e Munique, na Alemanha, e de Viena, na Áustria.
Para a saxofonista, a música de Bach é atemporal. “Sua obra é baseada em uma geometria perfeita. Sem dúvida, nós brasileiros temos uma alma barroca. Como escreveu Adélia Prado: ‘Somos de barro e oco, somos barrocos’.”
O concerto também resgata a memória afetiva do Brasil. “As árias são densas e intensas e o cancioneiro popular faz parte da nossa memória, de um Brasil profundo”, completa.
Conheça os artistas
Maria Bragança
Saxofonista e compositora, estudou no Brasil e na Alemanha. Seu estilo combina jazz brasileiro e europeu, música erudita e contemporânea. Apresentou-se em salas da Europa e do Brasil, como a Philarmonie de Munique, Bosendorfsall de Viena e Sala São Paulo. Recebeu o Prêmio Rádio Inconfidência de Melhor Instrumentista (2021) com o álbum Duas Marias. É autora da trilha sonora do documentário Se eu contar você me escuta? e realizou turnês recentes pela Europa ao lado do violoncelista e pianista cubano Yaniel Matos.
Antonio Carlos de Magalhães
Cravista, graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduado pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). Diretor artístico do projeto Segunda Musical da Assembleia desde 2009 e um dos fundadores do grupo Collegium Musicum de Minas. Gravou cinco CDs solo e apresentou-se no Brasil, Alemanha, Portugal, Uruguai, Áustria e Polônia. Participou da ópera e do filme La serva padrona, com direção de Carla Camurati, e do álbum Alma Barroca.
Robson Fonseca
Violoncelista, formou-se pela Universidade de São Paulo (USP), onde recebeu o I Prêmio Olivier Toni. Apresentou-se como recitalista e camerista nas principais salas do Brasil e integra a Orquestra Ouro Preto como primeiro violoncelo. Desde 2011, é também membro da Filarmônica de Minas Gerais.