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Rufo Herrera se emociona em homenagem na ALMG

Bandoneonista, compositor e concertista argentino fincou raízes em Minas e recebeu voto de congratulações da Comissão de Cultura.

18/10/2023 - 18:47
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Aos 90 anos, 60 deles vividos no Brasil, o argentino Rufo Herrera, astro do bandoneon, foi homenageado na Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (18/10/23). Visivelmente emocionado, ele recebeu votos de congratulações e a saudação de parlamentares e de colegas das artes.

A autora do requerimento de homenagem e vice-presidenta da comissão, deputada Lohanna (PV), falou sobre a biografia do homenageado, nascido em Córdoba, em 1933. “Um argentino de alma mineira”, segundo ela. E destacou sua chegada a Minas Gerais, em 1976, para participar do Festival de Inverno em Ouro Preto, na Região Central do Estado, cidade que o adotou.

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Entre os muitos feitos de Herrera, a parlamentar destacou a criação da Orquestra Experimental de Ouro Preto, depois encampada pela Universidade Federal. Presente na reunião, o maestro da orquestra, Rodrigo Toffolo, afirmou que não se pode deixar de ouvir Rufo Herrera. O prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo, também saudou o artista.

Também a pianista Berenice Menegale, que atuou no Festival de Inverno de 1976 à frente da Fundação de Educação Artística de Minas Gerais, considerou que por causa da presença de Herrera em Minas, o Estado tem hoje o maior acervo brasileiro de partituras de compositores latino-americanos, tendo realizado quatro encontros nessa área. “Por estímulo dele, temos desenvolvido essa integração latino-americana”, reforçou.

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Constância dos mineiros conquistou o artista

Rufo Herrera também discorreu sobre sua trajetória, antes de confessar porque decidiu viver em Minas Gerais. Em São Paulo, onde passou sete anos, ele aprendeu o rigor de uma boa formação profissional. Na Bahia, também por sete anos, viveu o encantamento e o amor pela arte. Integrou-se bem no Rio de Janeiro, por dois anos, mas seu temperamento não era muito carioca.

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A relação foi imediata com o menino de seis anos que conheceu o bandoneon, não tinha chances de aprender a tocar o instrumento, mas aprendeu. Uma teimosia. E em cada local por onde passou, deixou uma ou duas gerações de músicos, aos quais também agradeceu.

Rufo Herrera também citou o atual momento de muita atividade mental, com a proximidade de estreia de Matraga – Ópera Mineira, que tem libreto e música de sua autoria. “A emoção é forte e cresce com a idade. Por isso não é fácil falar”, admitiu ao agradecer a homenagem na ALMG.

Comissão de Cultura - debate sobre o bandoneonista Rufo Herrera
Músico Rufo Herrera é homenageado pela Assembleia TV Assembleia
“Em Minas me bateu uma coisa mais profunda. A constância. O mineiro é ‘pé de boi’, vai sempre.”
Rufo Herrera
Bandoneonista, compositor e concertista

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