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Oradores em Plenário

Prisão de Bolsonaro e tarifas de Trump são debatidas no Plenário

Dia Nacional da Saúde, Plano Safra e combate à fome foram outros assuntos mencionados nos discursos dos oradores.

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A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram os principais temas debatidos durante Reunião Ordinária de Plenário nesta terça-feira (5/8/25). Parlamentares utilizaram a tribuna da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para elogiar e criticar decisões judiciais.

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Primeiramente, o deputado Leleco Pimentel (PT) lembrou a comemoração do Dia Nacional da Saúde e a importância de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Também celebrou o investimento na alimentação livre de agrotóxicos por meio do Plano Safra da Agricultura Familiar.

Além de elogiar a prisão de Bolsonaro, o deputado criticou a postura do governador Romeu Zema (Novo) em relação ao grupo dos países emergentes - Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia (Brics). Segundo o parlamentar, o chefe do Executivo ignora as fortes relações comerciais chinesas com Minas Gerais.

No aparte, o deputado Cristiano Silveira (PT) lamentou o prejuízo econômico causado por causa das tarifas anunciadas por Trump. Recordou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, mesmo ficando preso por mais de 500 dias, sofrendo o luto com a perda do neto e do irmão, não pediu anistia, nem solicitou intervenção internacional na economia brasileira. 

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“Foi preso porque não respeita a democracia”, aponta deputada

Em sua manifestação, a deputada Bella Gonçalves (Psol) negou que Bolsonaro tenha sido preso simplesmente por “uma chamada de vídeo”. “Foi preso porque não respeita a democracia e as instituições brasileiras. Ele atenta contra essas instituições o tempo inteiro, crime pelo qual está sendo julgado e muito em breve será condenado de forma definitiva”, previu a parlamentar.

Em aparte, o deputado Cristiano Silveira criticou parlamentares que "dizem resguardar a democracia mas defendem pessoas que atacaram a sede dos três Poderes e tinham planos para matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes", o presidente reeleito Lula e o vice Geraldo Alckmin.

Além de elogiar a determinação da prisão domiciliar, Bella Gonçalves afirmou que a discussão sobre a federalização da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) alcança outro patamar após a manifestação da Embaixada dos Estados Unidos sobre a importância das terras raras e nióbio, minerais estratégicos para a produção de baterias e ímãs necessários à alta tecnologia. A Codemig participa da exploração de nióbio em Araxá (Alto Paranaíba).

“Convoco toda a classe política conservadora do Brasil para ir a Brasília”, clama deputado

Primeiro em português e depois repetido integralmente em inglês, o pronunciamento do deputado Caporezzo (PL) foi um apelo aos parlamentares conservadores de todo o País para que paralisem as atividades legislativas em Brasília até que o Senado vote o impeachment de Moraes e que a Câmara de Deputados aprove a anistia aos participantes das manifestações e da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.

“Convoco toda a classe política conservadora do Brasil para ir a Brasília levantar as nossas vozes. Não estou convocando manifestações em frente ao Supremo Tribunal Federal ou ao Palácio do Planalto, pois infelizmente a salvação do nosso País não partirá desses lugares”, explicou Caporezzo.

“Convoco todos os políticos para fazer o mesmo que eu irei fazer agora. Vou para o Congresso Nacional e lá pretendo permanecer com dois objetivos em mente: primeiro, que o Senado Federal, grande culpado pelo agigantamento desproporcional do Poder Judiciário, cumpra seu papel e promova o impeachment do ministro Alexandre de Moraes; e segundo, que a Câmara de Deputados, na pessoa do (seu) presidente Hugo Motta (Republicanos/PB) cumpra sua palavra e aprove a anistia aos perseguidos políticos do 8 de janeiro”, defendeu o parlamentar do PL.

Em aparte, o deputado Bruno Engler (PL) disse que, ao contrário de outros três ex-presidentes brasileiros que já foram presos, Bolsonaro teve sua prisão domiciliar decretada não por suspeita de corrupção, mas por “atender uma chamada de vídeo em uma manifestação”. Ele ressaltou que a prisão preventiva não pode ser declarada pelo magistrado sem solicitação prévia da Procuradoria Geral da República ou da Polícia Federal, no caso do ex-presidente.

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Já a deputada Chiara Biondini (PP) começou apontando a incoerência de elogiar a contribuição de quem comete agressões verbais e físicas. Segundo a parlamentar, esse argumento não deveria servir de justificativa para convidar pessoas violentas para o debate público, em alusão às ameaças que teria sofrido durante uma audiência no dia 27 de maio.

“A democracia está relativizada. Um ministro não eleito quer legislar. Ele não tem voto, ele não tem moral e vai cair. Os seus dias estão contados”, enfatizou. De acordo com ela, a prioridade, agora, é pautar o impeachment de Moraes e a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

No aparte, o deputado Eduardo Azevedo (PL) pediu misericórdia ao Congresso Nacional. “O povo já está cansado dos abusos desse ditador que está usando sua caneta para perseguir preso por crime de opinião”, desabafou.

Durante a reunião, os parlamentares fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Eustaquio Gomes da Silva. Ele trabalhou como garçom durante décadas na ALMG e faleceu no dia 3 de agosto.

Reunião Ordinária de Plenário - tarde - análise de proposições

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Prisão domiciliar de Bolsonaro mobiliza discursos no Plenário TV Assembleia
Reunião Ordinária de Plenário - tarde - análise de proposições

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