Potencial da macaúba como biocombustível pauta audiência
Comissão de Minas e Energia discute nesta segunda (12) pesquisas com o óleo extraído da palmeira e plantio no Norte de Minas.
A Comissão de Minas e Energia realiza nesta segunda-feira (12/5/25) audiência pública sobre a utilização da macaúba, árvore típica do semiárido e do Cerrado, como combustível do futuro. O potencial energético do óleo da macaúba será debatido a partir das 15 horas, no Auditório do andar SE da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A reunião foi solicitada pelo presidente da comissão, deputado Gil Pereira (PSD), tendo em vista que as características do óleo da macaúba têm chamado atenção de gestores, empresas, investidores e pesquisadores.
O deputado cita, por exemplo, projeto da empresa de energia Acelen, cujo plano é estabelecer uma cadeia de produção de biocombustíveis a partir da macaúba, que tem potencial de produzir até dez vezes mais litros de óleo do que a soja numa mesma área.
"Há fortes indícios de que, com melhoria genética e de cultivo, pode-se dobrar a capacidade de extração. Nos estudos preliminares, a macaúba mostrou grande capacidade de recuperar a terra em áreas degradadas", frisa Gil Pereira no requerimento da audiência.
O projeto da empresa passa por Minas, com a instalação, em Montes Claros (Norte de Minas), do Centro de Tecnologia e Inovação do Agronegócio, o Acelen Agripark.
Biodiesel
Em construção, o centro em Montes Claros vai sediar uma série de experimentos, já tendo sido plantadas no local as primeiras mudas de macaúba, palmeira que pode alcançar até 25 metros de altura e possui espinhos longos e pontiagudos.
O intuito é que a macaúba possa ser cultivada com alta produtividade em terras degradadas, de forma que não seja concorrente de outras culturas.
Tendo boa tolerância a ambientes mais secos, ao estresse hídrico e a variações climáticas, a macaúba dá frutos, marrom-amarelados. Seu óleo tem sido pesquisado no Brasil com foco na produção de biodiesel.
Além de representantes do centro em Montes Claros, foram convidados para a discussão representantes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior, do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais e de diversas prefeituras da região.
