Makely Ka é destaque do Zás da próxima quinta
Cantor, que está lançando seu terceiro álbum solo, se apresenta a partir das 19h, no Teatro da ALMG.
17/11/2022 - 15:31O show Rio Aberto, do cantor Makely Ka, é destaque do Zás desta quinta-feira (24/11/22), às 19 horas, no Teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Nele, o artista apresenta músicas de seu álbum homônimo.
Este espetáculo estava datado para 23 de junho deste ano, porém, Makely foi diagnosticado com Covid-19 e o show foi reagendado.
Makely Ka toca a viola de dez cordas, também chamada de caipira; a viola dinâmica, conhecida como nordestina; e a craviola.
Todas as músicas são instrumentais e autorais, e as influências mais presentes são de Manoel de Oliveira, Renato Andrade, Tavinho Moura, Almir Sater, Heraldo do Monte, Paulo Freire e Ivan Vilela, nomes do universo da viola.
Quem é Makely Ka
Makely Ka é, hoje, um dos mais requisitados compositores de sua geração e pode ser ouvido nas vozes de Lô Borges, Samuel Rosa, Titane, Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik.
Lançou o disco coletivo “A Outra Cidade”, em 2003, e “Danaide” em 2006 com a cantora Maísa Moura.
O primeiro trabalho solo foi em 2008 com “Autófago”. Em 2014 compôs, ao lado de Rafael Martini, a peça sinfônica em cinco movimentos “Suíte Onírica”, gravada com a Orquestra Sinfônica da Venezuela e o “Coral do Teatro Teresa Carreño”, sob regência do maestro português Osvaldo Ferreira.
Em 2015, lançou o álbum "Cavalo Motor”, resultado de uma viagem realizada pela região Noroeste de Minas Gerais, na divisa entre Bahia e Goiás. O trabalho rendeu o prêmio Grão da Música de melhor álbum de Música Brasileira.
Em 2018, recebeu o prêmio Sinparc de Artes Cênicas de melhor trilha sonora original para o espetáculo de dança "Espelho da Lua”, da Cia Mário Nascimento.
Makely publicou três livros de poemas e atuou como editor de revistas de poesia. No momento, prepara o lançamento do livro "Música Orgânica" e está compondo a trilha sonora do balé “Rios Voadores”, da coreógrafa Rosa Antuña.
Álbum “Rio Aberto”
O novo álbum surgiu da curiosidade e interesse do artista pela sonoridade e pelas possibilidades da viola de dez cordas a partir de uma viagem pelo Vale do Urucuia, no Noroeste de Minas, onde aprendeu algumas afinações alternativas como as que chamam “rio abaixo”, muito utilizada pelos violeiros daquela região.
A afinação, também chamada de “sol aberto”, deu origem ao nome do disco: “Rio Aberto”. Todas as faixas autorais levam nomes de rios, cursos d’água que costuram elementos da geografia, da história e da literatura brasileira.