Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves é homenageada em comissão
Convidados destacam história da unidade da Uemg, que completa 20 anos de existência.
O crescimento da Faculdade de Políticas Públicas e Gestão de Negócios Tancredo Neves ao longo das últimas décadas foi destacada em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta terça-feira (9/9/25). Parte da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), a instituição foi fundada há 20 anos.
Para o deputado Charles Santos (Republicanos), autor do requerimento que deu origem à reunião, a audiência foi um tributo à história e à importância da Faculdade. O encontro foi realizado pela Comissão de Administração Pública da Assembleia.
Trabalhadores da Uemg acompanharam a reunião. O pró-reitor de extensão da Uemg, Moacyr Laterza Filho, resgatou a história da universidade, fundada em 1989. Inicialmente, a instituição incorporou quatro cursos já oferecidos pelo governo estadual, como a Escola Guignard, fundada em 1943.
Nos anos seguintes, outras fundações e cursos foram incorporados, enquanto alguns foram criados. Como resultado, atualmente são 141 graduações presenciais e seis à distância, 12 mestrados e cinco doutorados. Presente em 19 municípios, a universidade tem hoje 22 mil matrículas.
Faculdade valoriza perspectiva crítica e cidadania
Na Faculdade Tancredo Neves são atualmente 714 alunos, 26 professores, 9 técnicos administrativos e 9 trabalhadores terceirizados, como apresentou Simone Tiêssa de Jesus Alves, coordenadora do curso de administração pública.
Em 2005, quando a Faculdade foi criada, tinha uma turma de graduação, voltada às finanças públicas. A instituição cresceu e hoje oferta 3 cursos de tecnólogos, 2 graduações, uma especialização e um mestrado profissional.
A perspectiva crítica e com foco na democracia e na cidadania foi destacada pelos convidados. A professora Júnia Fátima Guerra destacou, por exemplo, a importância da ideia de cidadania nas pesquisas e discussões no âmbito do mestrado profissional em Segurança Pública e Cidadania.
Ela contou que o curso oferta anualmente 15 vagas abertas e oito para policiais civis. Com esse corpo docente, são desenvolvidas pesquisas com vistas a melhorar as políticas de segurança. Ela citou, por exemplo, aluna envolvida na criação de aplicativo para ajudar mulheres vítimas de violência doméstica durante a pandemia.
Também as atividades de extensão foram evidenciadas pelos participantes da reunião. Fernanda Paula Diniz, vice-diretora da Uemg, citou como exemplo a parceria com Tio Flávio, que comanda uma organização de voluntariado, para levar educação e apoio à população carcerária.
Idosos, alunos de escolas públicas e outros grupos vulneráveis também recebem atenção de algumas atividades de extensão. São trabalhos que levam, por exemplo, a inclusão digital a esses públicos.
Patrimônio
Ao longo das suas falas, os convidados também ressaltaram o slogan de que a Uemg é “patrimônio dos mineiros”. Eles defenderam a universidade contra possíveis iniciativas que resultariam em seu sucateamento ou venda. “Estamos aqui também para lutar pelo nosso futuro”, disse Patrícia Caetano de Araújo, pró-reitora de graduação da Uemg.
