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Desvio de armas reforça cobrança por central de custódia em Minas

Central de custódia pode evitar desvios de armas, drogas e munições que hoje são mantidas pela polícia em locais improvisados.

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O recente desvio de 220 armas de fogo apreendidas pela Polícia Civil de Minas Gerais mas que voltaram para facções criminosas reavivou uma antiga reivindicação dos servidores de segurança no Estado: a criação de uma central de custódia, um local adequado para armazenar armas, drogas, munições e outras provas apreendidas, hoje são mantidas em locais improvisados.

O assunto será debatido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (17/11/25), a partir das 9h30, em audiência pública da Comissão de Segurança Pública, no Auditório José Alencar. 

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De acordo com o requerimento do presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PL), o objetivo é debater o imediato cumprimento do disposto no artigo 158-A do Código de Processo Penal, que define o instituto da cadeia de custódia.

De acordo com o artigo, cadeia de custódia é o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear a posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. Em outras palavras, são os procedimentos e estrutura para preservação de provas judiciais.

De acordo com informações do gabinete do deputado Sargento Rodrigues, uma das entidades que solicitou o debate foi o Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindep). A entidade tem cobrado a criação da central de custódia em Minas desde 2020.

Segundo o sindicato, a estrutura é uma das determinações da Lei Federal 13.964, de 2019, também conhecida como Pacote Anticrime, que modificou diversos códigos (Penal, de Processo Penal e leis especiais) para endurecer o combate à criminalidade.

O recente desaparecimento das 220 armas de fogo sob o poder da Polícia Civil mineira foi noticiado no dia 9 de novembro, quando foi presa uma suspeita, a servidora concursada Vanessa de Lima Figueiredo. 

As investigações apontam que ela retirou as armas das instalações da Polícia Civil, depois vendidas para facções como o Terceiro Comando Puro, uma das atuantes na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Para debater a questão da cadeia de custódia, já confirmaram participação na audiência pública desta segunda-feira presidentes de várias entidades sindicais: Marcelo Horta, do Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de Minas Gerais; Wilton Sales, do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de Minas Gerais; Wemerson de Oliveira, do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais; e Maria de Lurdes Camilli, do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado Minas Gerais.

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