Comissão de Educação visita UFMG para avaliar impactos da Stock Car
Corrida está agendada para agosto e pode resultar em mortes de animais internados no Hospital Veterinário e em outros prejuízos às atividades da universidade.
23/05/2024 - 16:40A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia visita, na manhã desta sexta-feira (24/5/24), o Campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Avenida Antônio Carlos, 6.627. O objetivo é averiguar os impactos da corrida de Stock Car no Hospital Veterinário, na Estação Ecológica e no Centro Esportivo Universitário.
Marcada para as 10 horas, a visita é parte de uma série de atividades que a comissão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) tem realizado para discutir os efeitos da realização do evento nas atividades educacionais e científicas da universidade. A nova ida à UFMG foi solicitada pelas deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (Psol).
A Universidade Federal de Minas Gerais está no centro da discussão sobre os impactos da competição de Stock Car. Prevista para ocorrer entre os dias 15 e 18 de agosto, a etapa da corrida em Belo Horizonte marca o início de um contrato de cinco anos entre a Prefeitura da Capital e os organizadores.
Dada a proximidade do evento com a UFMG, a universidade terá quatro acessos fechados nos dias próximos à competição: no estacionamento do Instituto de Ciências Biológicas, no Hospital Veterinário, no Centro Esportivo Universitário (CEU) e no Centro de Treinamento Esportivo (CTE).
Além de impedir o acesso de estudantes e pesquisadores, a corrida deve ter efeitos nocivos sobre animais internados ou residentes na universidade. Segundo convidados já ouvidos em audiência pública, um dos riscos é que o barulho cause estresse e convulsões nos animais do Hospital Veterinário. Isso pode levar a fraturas e, em alguns casos, resultar em necessidade de eutanásia. Também há risco de mortes de roedores que se reproduzem, para fins de pesquisa, no Biotério Central.
Além disso, o treinamento de atletas de alto rendimento poderá ser prejudicado. A comunidade acadêmica tem reclamado da falta de diálogo da prefeitura para a autorização do evento.
A Comissão de Educação já realizou uma audiência pública e uma visita sobre o assunto, também tratado em audiência da Comissão de Meio Ambiente.