A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai, nesta quinta-feira (10/10/24), ao Município de Congonhas (Região Central), para debater os riscos e impactos para a cidade e região decorrentes da expansão da mineração de ferro no Complexo Casa de Pedra pela empresa CSN. A audiência pública será a partir das 18 horas, na Quadra Esportiva Santa Quitéria (Rua Cristo Rei, 381- Bairro Santa Quitéria).

A finalidade da reunião, solicitada pelo deputado Leleco Pimentel (PT), é buscar informações sobre o empreendimento e discutir propostas de soluções para os constantes problemas e riscos que a atividade representa para a população. Em seu requerimento, o deputado justifica que Congonhas é cercada por 24 barragens de rejeitos, dentre elas, Casa de Pedra, a maior do mundo.

“A população de Congonhas e região sofre com as nuvens de poeira. Há muita poluição, muitos problemas de saúde respiratória, medo, pânico e o perigo do rompimento de barragens, além do comprometimento do abastecimento de água. O minério só dá uma safra. Cuidemos da nossa casa comum, a mãe terra", afirma o deputado.

Segundo Leleco Pimentel, há denúncias de que a mineradora estaria comprando imóveis na área de expansão, pressionando as famílias pela especulação que promove.

Para participar da audiência pública, foram convidados autoridades e moradores da região. Entre outros, já confirmaram presença o prefeito do município, Claudio Antonio de Souza, a chefe da Divisão de Fiscalização de Lavras da Agência Nacional de Mineração, Luciana Cabral Danese, o secretário-geral do Conselho Estadual de Saúde, Erli Rodrigues da Silva, o diretor de Meio Ambiente e Saúde da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval de Souza Pinto Filho, e o padre Antônio Claret Fernandes, militante do movimento de atingidos pelas barragens.