Audiência destaca importância da 2ª Marcha das Mulheres Negras
O movimento será em Brasília; mas deputadas mineiras pretendem dar mais visibilidade ao evento e compartilhar experiências.
A importância da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que ocorrerá em Brasília (DF), em novembro de 2025, com o tema “Por reparação e bem viver” será tema de audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, nesta terça-feira (15/7/25). A reunião está marcada para as 13 horas, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A audiência foi solicitada por requerimento da 1ª-vice-presidenta da Assembleia, deputada Leninha (PT), por sua colega de partido, Andréia de Jesus, e pela presidenta da comissão, Ana Paula Siqueira. A marcha é considerada um dos mais importantes atos políticos e simbólicos protagonizados por mulheres negras em nosso País.
“Essa mobilização, de dimensão nacional, é fruto da articulação de diversos coletivos, organizações sociais e lideranças negras que lutam, historicamente, por direitos, justiça social, reconhecimento e valorização da identidade e da cultura afrobrasileira”, sustenta a justificativa do requerimento.
Conforme as deputadas, a marcha reafirma a centralidade da pauta antirracista, anticapitalista, antipatriarcal e de combate às múltiplas violências que afetam a vida das mulheres negras, periféricas, quilombolas, indígenas e LGBTQIAPN+.
Elas consideram que o movimento é um espaço legítimo de reivindicação de políticas públicas com enfoque na reparação histórica e no direito ao bem viver. O objetivo é que a audiência seja utilizada como um espaço de escuta e diálogo institucional, contribuindo para ampliar a visibilidade da marcha e fortalecer o engajamento de diferentes setores do poder público e da sociedade civil.
A realização da audiência também permitirá que sejam compartilhadas experiências, pautas prioritárias e estratégias de organização das mulheres negras mineiras, promovendo o intercâmbio entre movimentos, parlamentares e instituições públicas. Devem participar da reunião, representantes de coletivos e movimentos de mulheres negras de Minas Gerais.
