Audiência avalia impactos da mineração sobre a vida das mulheres negras
Pauta de discussões tem relação com marcha que será realizada em Brasília e com a COP30, em Belém.
Com o objetivo de discutir a importância de um pacto consistente com o bem viver e a reparação às mulheres negras por parte de mineradoras, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher vai debater os efeitos das atividades extrativistas no cotidiano delas. A audiência pública será realizada na terça-feira (23/9/25), a partir das 14 horas, no Auditório José Alencar, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A discussão foi proposta pela deputada Ana Paula Siqueira (Rede), presidenta da comissão. A parlamentar pretende discutir as convergências entre os impactos da mineração na vida das mulheres negras e as reivindicações da II Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, marcada para o dia 25 de novembro, em Brasília (DF).
As pautas também vão ser levadas para as mesas de discussão da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano.
Dados da Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas) mostram, por exemplo, que 75% das mulheres negras de Igarapé e 69% de Juatuba (ambos municípios na Região Metropolitana de Belo Horizonte) foram atingidas direta ou indiretamente pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, no ano de 2019.
Diversas lideranças femininas foram convidadas para a discussão, representando órgãos do governo federal, empresas e organizações não governamentais.