DEPUTADO SARGENTO RODRIGUES (PL)
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 12/12/2025
Página 63, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 4526 de 2025
83ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 10/12/2025
Palavras do deputado Sargento Rodrigues
O deputado Sargento Rodrigues – Presidente, eu farei o encaminhamento conjunto das Emendas nºs 14 e 15 por se tratarem de matérias bem semelhantes. Na Emenda nº 14, nós estamos destacando o Programa 705, no que se refere ao apoio às políticas públicas, remuneração de pessoal e encargos sociais. A Emenda nº 15, na mesma rubrica, se refere ao Programa 705, no que se refere ao apoio às políticas públicas, remuneração de pessoal e encargos sociais.
Presidente, V. Exa. percebe que a base do governo caminha com a mesma orientação do governo. Isso já era esperado. A gente já esperava que a base do governo caminhasse com a orientação do governo. Para o governador Romeu Zema, difícil é transpor as fronteiras do Estado e dizer: “Eu sou candidato à Presidência da República”. Candidato à presidente da República! E, agora, depois da megaoperação bem sucedida no Estado do Rio de Janeiro, comandada pelo governador Cláudio Castro, ele se entusiasmou e falou: “A segurança pública é uma preocupação enorme. Então, agora, eu tenho que me preocupar”. Mas, agora, Luizinho, é tarde. Agora é que ele quer se preocupar com a segurança pública do Estado de Minas Gerais, deputada Lud Falcão. Passados sete anos de mandatos, ele repete a mesma cantilena.
Eu tenho autoridade para poder falar desse assunto. Por quê? Porque, de 2015 a 2018, eu estava aqui, ferrenhamente, fazendo oposição ao governo do PT. Agora, o governador Romeu Zema ficar usando o mesmo discurso do governo passado para tentar justificar os seus erros, as suas falhas e a incompetência à frente da administração pública, presidente, é algo inadmissível! Governador Romeu Zema, o senhor agora se lembra de falar de segurança pública nas redes sociais, mas agora é tarde, pois se passaram sete anos que o governador, em seu próprio Estado, abandonou a segurança pública em Minas Gerais. Por mais que o deputado João Magalhães, líder de governo, que está à minha retaguarda, chegue aqui e, em poucas palavras, fale com a sua base, oriente a base a votar “não” à emenda, deputado João Magalhães, isso vai ecoar não só aqui, no Estado de Minas Gerais; vai ecoar no Estado brasileiro, no Brasil num todo, porque as pessoas estão acompanhando.
Se o Zema for confrontado no debate sobre a administração pública, qualquer um vai entender que ele continua sem conhecer absolutamente nada de administração pública. No máximo, o que é feito é um papelzinho de meia página de ofício escrito em letras bem maiores, com algumas coisas destacadas, que é entregue ao governador sempre antes de uma entrevista de participação em qualquer evento, para que ele pince alguns pontos, e falem: “Zema não entende absolutamente nada de política pública, da administração pública”. E ainda comete um erro enorme: abandonar determinada política pública que é caríssima ao cidadão. O cidadão necessita, e muito, que a segurança pública esteja a contento para servir melhor à população. Se hoje nós temos os tentáculos das facções criminosas instalados em Minas Gerais, como já foi registrado por diversos veículos de comunicação - em Teófilo Otoni, na Serra, no Morro das Pedras, na Cabana do Pai Tomás, em várias partes do Estado, na região da Zona da Mata -, com certeza, é pelo abandono. Se nós saímos, presidente, em 2019, de 1.900 faccionados no sistema penitenciário mineiro para, em 2024, 2.950, é porque os tentáculos das facções criminosas foram aqui instalados. Resultado, presidente: abandono da política de segurança pública, total desvalorização e falta de reconhecimento. Portanto, presidente, o apelo que eu faço aos pares é votem “sim” na Emenda nº 14 e na Emenda nº 15, para que haja uma previsão no PPAG e para que essas forças de segurança pública sejam, de fato, reconhecidas e valorizadas na prática e não no discurso vazio do governador Romeu Zema.