44ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 14/11/2025

Palavras do Sr. Marcos Amaral Teixeira

Bom dia a todos. Queria agradecer ao Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Tadeu Leite; à Exma. Sra. Deputada Lud Falcão, autora do requerimento que deu origem a esta homenagem; e ao Sr. Presidente da Associação Mineira de Municípios – AMM –, Luís Eduardo Falcão Ferreira, prefeito de Patos de Minas e meu vizinho – não é, prefeito? –, pois sou de Araxá.

Estar aqui, hoje, nesta Casa tão importante para o progresso do nosso estado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, é motivo de grande orgulho para todos nós, da família Campolina. Afinal, foi em terras mineiras que nasceu o animal que deu origem ao Campolina, o potro Monarca. Em Minas, a raça conquistou grande valorização, projetando-se no cenário nacional como uma das mais populares do País.

Com o olhar voltado para o futuro, mas sempre revisitando nossas origens, comemoramos, em 2025, os 74 anos de fundação da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina. Chegamos a este momento histórico determinados a garantir ao cavalo Campolina um lugar de destaque no agro brasileiro. Esta relevante homenagem, prestada nesta manhã pela deputada Lud Falcão, grande defensora dos produtores rurais, nos impulsiona a continuar o trabalho de promoção e melhoramento da raça.

Estamos concluindo o ano com chave de ouro. A 45ª Exposição do Cavalo Campolina, realizada em setembro, aqui, na capital mineira, foi um sucesso de público, de negócios e de participação de criadores de diversas regiões do Brasil. O evento contou com a parceria da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, por meio de emenda do parlamentar, deputado Professor Wendel Mesquita, mas nossas ações ultrapassaram as divisas mineiras. Investimos na organização de exposições regionais e cavalgadas em todo o País. Além disso, firmamos parceria com instituições governamentais que garantirão o avanço da raça. Recentemente tivemos a grata surpresa do reconhecimento do Campolina como um verdadeiro patrimônio do nosso estado, com a Lei nº 25.541/2025, de autoria do deputado Coronel Henrique, já sancionada pelo governador Romeu Zema, que reconhece o cavalo da raça Campolina como uma das atividades de relevante interesse econômico e social de Minas Gerais. Vitórias como essa só são possíveis porque, no passado, tivemos pessoas determinadas a selecionar animais de extrema qualidade e beleza.

Como já mencionei, o cavalo Campolina é orgulhosamente uma raça mineira. Foi na Fazenda do Tanque, localizada em Entre Rios de Minas, que nasceu, em 1870, o ponto monarca, batizado assim em homenagem ao imperador Dom Pedro II. Graças ao trabalho iniciado pelo criador Cassiano Antônio da Silva Campolina, a genética de monarca foi a base para a formação de linhagens importantes. A determinação de Cassiano Campolina em selecionar animais de grande porte, ágeis, resistentes e de beleza ímpar foi decisiva para o surgimento da raça que hoje leva o seu nome. Outro feito foi deixar em testamento toda a sua riqueza para a construção de um hospital que assistisse a região de Entre Rios de Minas. Inaugurado em 1910, o hospital, que leva o seu nome, ainda hoje é referência regional e realiza pronto-atendimento de mais de 2 mil pacientes por mês. A ABCC Campolina tem orgulho de dar continuidade a essa história e de ser, com os seus associados, a grande guardiã desse patrimônio mineiro.

Nesta manhã de homenagem, não poderia deixar de agradecer a todos os ex-presidentes da associação campolina, aos nossos associados, à nossa atual diretoria e a todos os funcionários que trabalham incansavelmente para essa associação crescer. Mais uma vez, agradecemos à deputada Lud Falcão, que já declarou publicamente o seu amor e respeito pelo Campolina. Esperamos contar sempre com o seu apoio em favor da raça, deputada. O cavalo Campolina não é apenas porte, beleza, marcha confortável e versatilidade de uso; ele une os brasileiros em torno de sólidos valores, do amor ao agronegócio e da preservação de uma história que vem sendo escrita há mais de 70 anos. Por isso é chamado hoje o cavalo da família. Viva o Campolina!