DEPUTADO LELECO PIMENTEL (PT)
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 07/11/2025
Página 57, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PEC 24 de 2023
73ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 5/11/2025
Palavras do deputado Leleco Pimentel
O deputado Leleco Pimentel – Olhem, não precisou de duas falas para que aqueles que nos acompanham vissem que eles não têm argumento, não têm. Além disso, há o pressuposto de o bloco de oposição a esse governo e a esse projeto ter o direito de falar aqui, enquanto for possível, segundo o Regimento. O deputado Ulysses é a nossa liderança, e nós não admitimos falta de respeito com o nosso líder. Ninguém aqui testemunhou até hoje tamanha falta de respeito com alguém que procura cumprir o seu papel, inclusive com tanta clareza, como o deputado Ulysses. Portanto, nós não admitimos isso. Não é razoável e é violento isso a que vocês acabaram de assistir. Deputado Gustavo, não cabe ao Parlamento… Nós queremos aqui… Hoje não dá mais para ficar se escondendo nos porões. Está tudo claro como a luz do dia, está tudo claro.
Gente, poucas pessoas conseguem dialogar com essa multidão. Primeiro, para dialogar com esse povo, tem que ter coerência, tem que ter ética, tem que ter respeito. Não me admira que alguém suba aqui com tanta capacidade que tem de articular e não consiga ter uma palavra de coerência para dar ao povo mineiro.
Quero dizer também que eu reconheço e o nosso bloco também reconhece o papel importante e o que deve fazer o presidente da Assembleia. Nós não estamos atacando o presidente. O presidente tem que cumprir o Regimento, permitindo que os opostos utilizem a palavra para fazer o que estamos fazendo. Deputado Tadeu, estou aqui, de novo, dizendo que reconheço o seu papel. No entanto… O deputado estava achando que estava conversando com torcida de futebol, mas ele se enganou. Nós não estamos aqui diante de um clássico de futebol: quando termina o jogo, a consequência é ir para o boteco ou comer pizza. A consequência de vender a Copasa é deixar os mais pobres sem água no Estado de Minas Gerais! Aqueles que confundem a responsabilidade de estar deputado não podem, de forma alguma, ter o respeito do nosso povo.
Quero trazer mais alguns elementos aqui. Quem está nos ouvindo, por favor, um minutinho, um minutinho! Na última fala que fiz, agora há pouco, expliquei como eles estão fatiando, criando os blocos da Arsae e querendo abocanhar o recurso da repactuação do termo de ajustamento de conduta da Bacia do Rio Doce. Mas agora quero explicar o jogo que está acontecendo neste momento. Entendam o que houve aqui. O bloco… Ao ver que eles não tinham o número de votos suficiente, retiramos as inscrições, que é direito nosso e está no Regimento, o que obrigou os deputados a terem que vir aqui colocar a cara a tapa. (– Manifestação nas galerias.) Não bastaram duas falas, em que não compreendemos nada, nada, nada. Virem dar a desculpa de que o que estão preservando é a universalização do saneamento é debochar da nossa inteligência.
Então quero explicar como está o jogo neste momento. Aliás, não confundam o tamanho da responsabilidade desta Assembleia com nenhum clássico de futebol, porque o povo tem no futebol é alegria e aqui está tendo é tristeza. Tristeza! É por isso, deputada Lohanna, que queremos explicar agora o que vai acontecer. Vocês estão lendo ali no painel? Vamos ler juntos. Quantos deputados colocaram o dedão aqui e estão presentes no Plenário? (– Manifestação nas galerias.) Falem alto para eu ouvir! (– Manifestação nas galerias.) Por isso refizemos a nossa inscrição, porque eles têm que continuar a ouvir o povo e a ouvir da nossa boca que não aceitamos isso. (– Manifestação nas galerias.) Pessoal, pessoal, não é um bando de covarde. Por favor! Não! O eleitor foi enganado, mas votou. Todo mundo que está aqui é deputado e é deputada. Agora nós os estamos chamando aqui para explicar à população como, daqui a 1 ou 2 horas, eles vão votar. Ninguém aqui está se fazendo de desentendido, porque todos neste Plenário, à exceção da assessoria, foram votados, e o princípio da democracia é respeitar a votação. Agora, concordar com ela, não! Concordar com esse absurdo, não! Por isso mesmo, na democracia, os movimentos populares e sociais, com a autonomia que têm, vêm trazer seus gritos e suas denúncias aqui, ao Plenário. Isso tem que ser respeitado também. Como vocês não têm um microfone, muitas vezes os que têm dificuldade de se explicar não conseguem falar. É por isso, Ana Paula, que dialogar com aqueles e aquelas que vieram aqui, tirando o grito da garganta, é mais importante do que tentar convencer uma maioria que não se converte a nada, a não ser às questões do governo.
Gente, vamos lembrar aos deputados que o Zema colocou essa bomba aqui, na Assembleia, e “cascou fora”! Quem vai tolerar a bucha são vocês. Quem vai se desgastar, quem aqui está precisando de votos vai precisar mudar de partido, porque o partido deles não vai dar conta da votação. Não dá para repetir a eleição. Vocês é que vão ter que explicar às suas bases como é que vão ter votos para voltar para cá. É isso que está acontecendo.
Aproveito sempre o minuto final. Sempre aproveito esse minuto para a gente lembrar… Eu canto assim: “Se é para ir à luta…”. Vocês respondem: “Eu vou!”. “Se é para estar presente…”. “Eu ‘tô’!”. “Pois na vida da gente o que vale é lutar!” Pode ser? Se é para ir à luta… (– Manifestação nas galerias.)
Se é para estar presente… (– Manifestação nas galerias.)
Pois na vida da gente o melhor é lutar! (– Manifestação nas galerias.) É isso aí! Viva os servidores! Viva a luta! Viva cada bandeira partidária de esquerda, porque o centro e a direita não compreendem o nosso grito. Eles compreendem outra linguagem. Uma salva de palmas para os trabalhadores. Rumo à luta! Atacar o referendo é atacar o povo mineiro, atacar o referendo… (– Manifestação nas galerias.)
O presidente – Obrigado, deputado Leleco.