38ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 20/10/2025

Palavras do presidente (deputado Tadeu Leite)

Bem, o meu boa-noite a todas e todos. Cara presidente Rosimere, caro presidente Luiz Carlos, inicio pedindo desculpas pelo meu atraso no início da cerimônia. Eu estava numa agenda em São Paulo com o presidente da Assembleia do Estado de São Paulo, e infelizmente o voo atrasou. Quem me conhece sabe que não sou de me atrasar; pelo contrário, prezo a pontualidade. Hoje não foi por minha responsabilidade, e obviamente chegamos aqui a tempo, graças a Deus, para poder prestigiar e participar deste evento tão importante na noite de hoje, dentro do Parlamento mineiro, homenageando a Amagis pelos seus 70 anos. Por isso eu quero iniciar cumprimentando a nossa presidente da Associação dos Magistrados de Minas, juíza Rosimere. Quero parabenizá-la, cara amiga presidente, por este importante momento, e, mais do que isso, por essa história construída por V. Exa., obviamente, e por todos que passaram por esta entidade tão importante. Da mesma forma, quero cumprimentar o líder do governo e colega, deputado João Magalhães, autor do requerimento. Através dele, o abraço a todos os parlamentares, deputadas e deputados, que, de certa forma, ajudam-nos, no dia a dia, a construir uma Minas cada vez melhor. Parabéns pela homenagem, querido amigo João Magalhães.

Presidente do nosso Tribunal de Justiça do Estado, querido amigo desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior, é bom revê-lo e recebê-lo no Parlamento mineiro mais uma vez. Quero parabenizá-lo pelo trabalho que faz à frente do Tribunal de Justiça do nosso estado. Da mesma forma, procurador-geral de Justiça, querido amigo Paulo de Tarso, é bom recebê-lo aqui mais uma vez. De certa forma, quero parabenizá-lo também pelo trabalho feito no Ministério Público do nosso estado. Desembargador Júlio César, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do nosso estado, o meu abraço em V. Exa. É bom recebê-lo aqui. Através do desembargador Alberto Diniz, quero cumprimentar, mais uma vez, todos os ex-presidentes da nossa Amagis que estão presentes e também aqueles que, por ventura, não estão aqui. Mas fica aqui o nosso abraço e o nosso carinho através desse trabalho que é feito. Defensor público Rômulo Luis, presidente da Associação dos Defensores do Estado de Minas, é bom recebê-lo mais uma vez.

Peço licença para cumprimentar o 3º-vice presidente da Casa, deputado Betinho Pinto Coelho, que se faz presente nesta solenidade. Da mesma forma, cumprimento o deputado Roberto Andrade, líder da maioria na Assembleia, e o deputado Ulysses Gomes, líder do nosso Bloco Democracia e Luta. Através deles, o abraço de todos os 77 parlamentares. Peço licença para cumprimentar o ex-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Nelson Missias, que está presente também.

Minhas senhoras, meus senhores, vem do Renascimento um pensamento filosófico que define a justiça como o vínculo das sociedades humanas e afirma que as leis emanadas da justiça são a alma de um povo. Elas não são apenas regras, mas a expressão de valores e princípios que regem a vida em comunidade e de pilares que devem sustentar o exercício da magistratura. Nesse sentido, ao longo de sua trajetória, a Associação dos Magistrados Mineiros tem sido também um pilar fundamental do Poder Judiciário em Minas Gerais. Por isso esta Casa, a Assembleia de Minas, hoje rende homenagens às sete décadas de sua existência, que representam não apenas o amadurecimento de uma entidade, mas a consolidação de um compromisso com a defesa da magistratura, com o fortalecimento das instituições democráticas e com a promoção da justiça como valor essencial da vida pública.

Nascida do ideal de magistrados que compreenderam que a força de uma classe se mede pela sua união, sua ética e seu compromisso com a sociedade, a Amagis é parte indissociável da história da justiça do nosso estado e é hoje a segunda maior associação de magistrados estaduais de toda a América Latina. Ao longo dos seus 70 anos, a entidade tem sido guardiã da independência, voz serena em tempos de incerteza e ponte de diálogo entre o Judiciário e a sociedade. Uma história marcada por diversas conquistas institucionais, mas sobretudo por gestos humanos, porque a magistratura mineira nunca se afastou da dimensão social da sua missão: julgar com equilíbrio, mas com empatia; aplicar a lei, mas com olhar voltado para o ser humano. Afinal, a Justiça não se constrói apenas com sentenças, mas com humanidade, equilíbrio e coragem.

A trajetória da Amagis é feita por nomes que honraram a toga e dignificaram o serviço público. Homens e mulheres que, nos fóruns e tribunais, nas comarcas pequenas e aqui na capital, construíram o prestígio que a Justiça de Minas carrega hoje. E, quando a Justiça se fortalece, a liberdade respira, a democracia floresce e a esperança se renova.

Em nome de toda a Assembleia e ao lado do querido amigo João Magalhães, autor do requerimento que deu origem a esta homenagem, quero registrar a nossa admiração e o nosso respeito a todos aqueles que se colocam a serviço da Justiça e do interesse público: aos ex-presidentes, a cada magistrado e magistrada e, claro, à atual diretoria, sob a presidência da juíza Rosimere das Graças, primeira mulher a ocupar o mais alto cargo dessa instituição. Este é, sem dúvida, um ponto de virada que inaugura novos horizontes, uma conquista que simboliza a presença ativa e o protagonismo crescente das mulheres nos espaços de decisão e liderança institucional. Aqui, na Assembleia, que é a Casa da democracia, reconhecemos na Amagis uma parceira histórica na defesa do Estado Democrático de Direito, da ética e da cidadania. Acreditamos que o diálogo entre os Poderes é o caminho mais seguro para uma sociedade livre, justa e solidária. Afinal, a verdadeira jurisdição consiste em compreender a vida em sua complexidade, ouvir a razão e a consciência e agir com prudência e coragem.

Celebrar a trajetória da Amagis é, portanto, celebrar o ideal de justiça que guia Minas Gerais. Como ensinou Aristóteles, a justiça é a virtude completa, porque aquele que a possui pode exercer a virtude não apenas em relação a si mesmo, mas também em relação aos outros. Que a Amagis continue a cultivar essa virtude completa: a de servir a sociedade com sabedoria, equilíbrio e coração, o que faz dela não apenas uma instituição, mas uma vocação. Que a sua história inspire as novas gerações a manterem viva a chama da equidade e do direito do Estado de Minas Gerais.

Viva a nossa Amagis! Vida longa a essa entidade tão importante. Sejam sempre bem-vindos ao Parlamento mineiro. Boa noite a todos.

Mais uma vez, agradeço muito a presença de todos.