27ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 1/9/2025

Palavras do Pastor Eduardo Lima

Boa noite. Exmo. Sr. Deputado Carlos Henrique, é com muita alegria e muita satisfação que os agentes do bem, os voluntários, os capelães, os senhores, as senhoras e até as pessoas mais jovens e as mais idosas se encontram aqui para receber desta Casa esta homenagem que V. Exa. propôs. Fiquei sabendo hoje, com muita alegria, que o senhor só tem direito a uma indicação e escolheu o Grupo da Saúde Universal. Fiquei muito feliz, muito grato por esta homenagem. Deputado Thiago Cota, é um prazer conhecer V. Exa. Fico feliz em ter o senhor presidindo este momento único para o Grupo da Saúde Universal aqui, no Estado de Minas Gerais. Muito obrigado, deputado, pela acolhida e pela recepção de V. Exa. Querido vereador bispo Arruda, eu cheguei aqui e aprendi: Deus me ajude e abençoe o bispo Arruda. Aprendi e já gravei, bispo. Deus tem me ajudado e tem abençoado V. Exa. Exmo. Sr. Diretor-Geral do Hospital da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Gerson Coelho Cavalcanti Júnior, muito obrigado pela sua presença. Fico feliz em tê-lo nesta Mesa. Isso significa que o GSU está sendo acolhido pelas mais diversas instituições hospitalares. Estou muito feliz. Muito obrigado. Presidente da Fundação Hemominas, Sra. Kelly Nogueira Guerra, fico feliz em tê-la aqui. Os nossos voluntários sabem que, quando chega a hora de estender o braço, todo mundo corre para o Hemominas. Está chegando o mês de novembro, e cada um aqui está pronto para salvar mais de quatro vidas. Sr. Luiz Henrique Sousa e Silva, diretor-presidente do Hospital da Baleia, representando todas as unidades hospitalares aqui nesta cerimônia, muito obrigado pela presença do senhor. Todas as segundas-feiras estamos no Baleia e somos muito bem recebidos. Está ali a D. Sandra, que é uma operária combatente no Baleia; também a D. Antônia; o Sr. Ademar; o Grupo da Universal da Rio de Janeiro; a D. Iseidinha, que também está lá trabalhando. Obrigado pelo acolhimento que o Baleia nos oferece. Demais instituições: Daniel, que representa o João XXIII; o João Paulo II; o Amélia Lins; a Santa Casa; o Instituto Mário Penna – feliz em tê-lo aqui conosco –, muito obrigado pela presença. O Ipsemg também está aqui e o nosso querido Amorim. Estou muito feliz pela sua presença. Demais representantes de unidades hospitalares se encontram aqui, peço perdão se não consegui falar o nome de todos, mas saibam que estou feliz.

Essa homenagem do deputado Carlos Henrique e da Assembleia Legislativa é mais do que justa, deputado. Sabemos que, a exemplo do Hospital Risoleta Neves e alguns hospitais aqui de BH e também da região metropolitana do Estado, acompanhamos pela imprensa certos momentos de pico nos hospitais – hospitais da Prefeitura de Belo Horizonte, hospitais do Estado –, e o Grupo da Saúde chega de uma forma invisível, anônima, mas muito acolhedora nas recepções dos hospitais, nas áreas externas dos hospitais. O GSU chega ali com a sua voz discreta, quase silenciosa, mas poderosa porque ela ensina a quem está nos ouvindo, a quem se predispõe a ouvir os voluntários do GSU que, quando unimos a fé e a medicina, os resultados são extraordinários. A exemplo da Clínica de Transição Paulo de Tarso, onde nos encontramos em todas as quintas-feiras, temos relatos diversos de pacientes que chegaram lá, foram abraçados e receberam a oração e o acolhimento dos voluntários. A vida é relacionada não só à saúde, deputado, mas também à alma.

Há um versículo no Livro de Provérbios que diz: “O espírito abatido resseca os ossos”. Quando a pessoa tem um espírito fraco, um espírito desmotivado, ela também adoece, e a nossa função aqui é levar essa força, a função dos nossos agentes de Venda Nova que estão aí – em nome de Rafaela, agradeço a presença de todos –, os agentes de Betim – em nome do pastor Marcos e da D. Lourdes, agradeço a presença de todos –, os agentes aqui do Bloco BH – em nome da querida Ana e da D. Bernadete, eu agradeço a presença de todos. Agradeço a presença do Bloco Eldorado que, em nome da querida Cristina, também de forma muito acolhedora junto com os agentes do Bloco Eldorado, deputado Carlos, recebem esta homenagem.

Venda Nova veio ou não veio? Eu não estou ouvindo Venda Nova. Venda Nova veio? E Betim está aí? E Eldorado? Eldorado está aí. É noite, há trânsito, mas o pessoal veio receber essa justa homenagem, deputado. Nós temos voluntários aqui que, muitas vezes, deputado Thiago, não têm o dinheiro da condução e saem de suas casas a pé e chegam até os hospitais para fazerem uma visita a uma pessoa que eles nunca viram. Voluntários que às vezes deixam de se alimentar; voluntários que muitas vezes deixam de cuidar da própria casa, como bem falou o deputado Carlos Henrique, e vão cuidar da casa de outras pessoas que eles nunca viram na vida. Então esses voluntários merecem esta homenagem. Vocês que são vocacionados, porque, se não fossem vocacionados, abnegados, jamais fariam o serviço que vocês fazem. Então esta homenagem do GSU, que é um grupo novo… No Brasil, o GSU só tem oito anos. Aqui, em Minas Gerais, nós temos praticamente dois mil voluntários, dois mil agentes do bem. Aqui, no bloco BH, nós temos em torno de quase novecentos voluntários. A nossa família está crescendo. Mas é que nem coração de mãe. Como eu digo no Nordeste, é que nem panela de feijão, que bota mais água, e o feijão rende. Então o número dos nossos voluntários, graças a Deus, tem se multiplicado, tem crescido.

Porém, antes mesmo de falar desta placa, eu quero dizer para vocês que toda honra, toda a glória, se algum poder ou majestade há, seja dado ao nosso Deus, porque Ele é digno. E através Dele, por Ele e para Ele, nós estamos aqui e fazemos este trabalho. E nós não recebemos nada por este trabalho. Se engana quem fala isso, porque, quando recebemos, deputado Thiago e deputado Carlos à Mesa, o sorriso, o aperto de mão, recebemos a resposta do paciente que abre os olhos, encontramos ali o nosso salário sendo pago. O paciente se levantando e reagindo através da fé.

Então o Grupo da Saúde Universal, quando recebe da Santa Casa, quando recebe do João XXIII, quando recebe do Lifecenter a oportunidade de adentrar nos seus espaços, fica muito feliz, porque nós temos a oportunidade de levar vida a quem está sofrendo. E eu costumo dizer para os capelães, deputado Thiago, deputado Carlos, que muitas famílias, quando nos procuram, nós somos a última porta ou talvez a última esperança, porque já se esgotou tudo aquilo que a medicina podia fazer. A medicina já fez tudo o que podia ser feito, e muitas famílias recorrem aos agentes do bem para poderem realizar a oração da fé, para poderem levar a acolhida, para poderem estender a mão. Essa é a nossa missão. Às vezes cansados, às vezes passando por lutas piores do que muitos pacientes estão no leito enfrentando; que não são às vezes lutas na saúde, mas são lutas na família, são lutas na vida física ou na vida financeira. E a gente fecha os olhos para tudo isso. Adentramos as portas dos hospitais somente com a missão e o olhar. Ir em busca do sofrido, ir em busca daquele que Deus está dando a oportunidade de salvação e nos usa para ser instrumento de vida e chegar até essas pessoas.

Então que, em Minas Gerais, haja um antes e um depois desta homenagem nesta Casa. Esta é uma Casa de leis, é uma Casa que produz regras para todo o Estado de Minas Gerais. E sabemos que algo está errado na nossa sociedade. A gente vê o número de pessoas nas ruas aumentar a cada dia. A gente vê, vereador Arruda, idosos abandonados nos hospitais. A gente vê, às vezes, hospitais em que a sua maior parte é de demanda pelo SUS. E o orçamento não compete, não dá, aperta. O hospital tem que fazer muito para poder abraçar os seus pacientes. E conseguimos, às vezes, perceber que há uma certa desigualdade quando se fala de orçamento, quando vemos o terceiro setor, porque a igreja também faz parte do terceiro setor, as organizações religiosas também fazem parte do terceiro setor. Se as organizações religiosas, se o Grupo da Saúde, se a sociedade civil organizada vêm fazendo, é porque o Estado tem falhado. E a gente vai ajudar o Estado fazer aquilo que às vezes o Estado, por falta de orçamento ou por falta de um olhar diferenciado, deixa de fazer.

Então eu queria fazer um apelo a esta Casa, um apelo às instituições: olhem mais para o terceiro setor, para os grupos de voluntariado. E aos hospitais: abram mais as portas para trabalhos como não só o do GSU, mas também de outras instituições religiosas que fazem um trabalho belíssimo dentro deles. Porque às vezes a gente entra e sai do hospital, e ninguém vê. Somos muitas vezes invisíveis. Mas o paciente que nos recebe, ele, sim, se lembra da gente, porque a palavra que nós levamos, a oração que nós fazemos jamais, em tempo algum, ficam sem resposta, porque o nosso Deus não nos dá o silêncio.

Então, mais uma vez, eu agradeço a V. Exa., deputado Carlos, ao deputado Thiago e aos hospitais presentes, e digo que esta placa é de vocês, é para vocês. Se eu pudesse fazer uma placa dessa para cada voluntário que se encontra aqui, eu o faria. Vocês merecem muito mais. Esta é para Jesus.

Que o Espírito Santo possa dar força a cada um de vocês, porque nós pastores passamos, mas vocês permanecem. Vocês são os anciões do Grupo da Saúde. Vocês ficam. Nós passamos, mas vocês permanecem. Então que Deus, no seu infinito poder, possa sustentá-los, erguê-los a cada dia para que vocês se renovem, invadam as instituições hospitalares, lógico com disciplina e respeitando as regras, porque o nosso trabalho é baseado na discrição, mas que vocês sejam sustentados por Deus para que esse trabalho alcance mais instituições hospitalares. Por que quando chegar um voluntário de camisa branca escrito no peito Grupo da Saúde Universal, os colaboradores dos hospitais já saberão que, através das nossas orações, aquele vai produzir vida. Que Deus abençoe a todos. Muito obrigado.