DEPUTADO GUSTAVO SANTANA (PL), autor do requerimento que deu origem à homenagem
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 02/09/2025
Página 5, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas RQN 12093 de 2025
26ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 29/8/2025
Palavras do deputado Gustavo Santana
Bom dia a todas e a todos. Bom dia ao Sr. Presidente, deputado Coronel Henrique, representando o presidente da Assembleia, Tadeu Leite; ao Gen.-Div. Adriano Fructuoso da Costa, comandante da 4ª Região Militar do Exército; ao Gen.-Bda. Veterano Ramon Marçal da Silva, assessor do Núcleo de Estudos Estratégicos do Comando Militar do Leste; ao Cel. Alberto, representando o Cel.-Av. Jorge Marcelo Martins da Silva; ao CF Roberto Alves, representando o comandante da Capitania dos Portos de Minas Gerais, CMG Alessandro de Paula; ao Sr. Marcelo Gonçalves Viana, superintendente executivo da Polícia Rodoviária Federal, representando Fábio Henrique, superintendente da Polícia Rodoviária Federal; à Ten.-Cel. Mirlir, representando o Cel. Frederico, comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais; ao Ten.-Cel. Abel de Moura Fonseca, representando a Cel. Jordana, comandante-geral do Corpo de Bombeiros; à delegada-geral de polícia Adriana de Barros Monteiro, representando a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.
Sr. Presidente, Exmas. Autoridades Civis e Militares, Gen. da 4ª Divisão, Adriano Fructuoso da Costa, comandante da 4ª Região Militar, senhoras e senhores, ilustres convidados, hoje esta Casa Legislativa se enobrece ao realizar uma sessão solene para celebrar uma das datas mais simbólicas da história e da identidade nacional, o dia 25 de agosto, Dia do Soldado. Não se trata apenas de mais uma data cívica a ser lembrada. Trata-se de um instante de profunda reverência, de exaltação a valores permanentes e de reconhecimento àqueles sob a farda verde-oliva.
O soldado brasileiro assume diariamente a missão de proteger o Brasil, mesmo com o sacrifício da própria vida. O soldado brasileiro não é apenas o homem ou a mulher que impunham o fuzil ou que se colocam em posição de combate. Ele é o símbolo vivo da pátria. Em seu olhar firme, vemos a determinação de quem entrega o ideal maior que a própria existência. Em sua disciplina, percebemos a obediência, não a vontades pessoais, mas ao dever constitucional de defender a soberania, a integridade territorial e os valores que sustentam a nossa democracia. Ser soldado é encarar os princípios da honra, da coragem, da lealdade e do amor ao Brasil. É por isso que, ao celebrarmos o Dia do Soldado, celebramos também o próprio espírito da Nação, que encontra no militar a sua representação mais concreta e mais visível. Essa data foi escolhida em memória do nascimento de Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, homem que soube unir estratégia, humanidade, firmeza, sensibilidade, liderança e simplicidade.
Sob sua inspiração, milhares de brasileiros, décadas mais tarde, atravessaram o Oceano Atlântico, compondo a Força Expedicionária Brasileira – FEB –, e escreveram com sangue e bravura páginas eternas da história mundial. Nas encostas geladas de Monte Castelo, Montese e Fornovo di Taro, jovens brasileiros enfrentaram não apenas as tropas nazifascistas, mas também a distância de seus lares, o frio, a saudade e a incerteza. Lutaram e venceram, provando ao mundo que o Brasil não se omite quando a liberdade da humanidade está em risco. Esses pracinhas não levaram apenas armas, levaram consigo a alma generosa de um povo que acreditava na vida, na solidariedade e na paz.
Porém o heroísmo do soldado brasileiro não se limita às páginas da história; ele se renova todos os dias. O soldado de hoje guarda as nossas fronteiras, protege as nossas riquezas naturais, atua em missões internacionais de paz sob a bandeira das Nações Unidas e está presente em cada tragédia humanitária no território nacional. Em enchentes, deslizamentos e epidemias, eles estão sempre prontos para estender a mão, seja com logística, seja com alimentos, seja com simples gestos de esperança. O lema do Exército, “Braço forte, mão amiga”, não é retórica; é a realidade. Ele expressa o equilíbrio entre a firmeza na defesa da Pátria e a ternura do cuidado com o povo.
Minas Gerais tem o privilégio de sediar, em Belo Horizonte, a histórica 4ª Região Militar, instituição que representa a ligação direta entre o povo mineiro e o Exército Brasileiro. Essa não é apenas uma estrutura administrativa: trata-se de um verdadeiro elo de confiança, de respeito e de inspiração. Na figura do Gen.-Div. Adriano Fructuoso da Costa, saúdo todos os homens e todas as mulheres que compõem essa valorosa região militar, reafirmando o profundo respeito e a gratidão desta Casa Legislativa. A 4ª Região Militar carrega em si a tradição de Minas, terra de Tiradentes, berço da Inconfidência, onde a liberdade sempre foi mais do que um valor; foi um destino. Assim como os inconfidentes se ergueram contra a tirania, os nossos soldados de hoje se erguem contra todas as formas de ameaça à soberania e à integridade nacional. Senhoras e senhores, o soldado é o guardião silencioso das nossas madrugadas, protagonista oculto das nossas liberdades. Quando o soldado avança, é a Nação que avança. Quando o soldado resiste, é o povo que resiste. Quando o soldado se sacrifica, é o Brasil que se engrandece. Essa é a dimensão simbólica da sua missão. Por isso que, nesta Assembleia, declaramos que, sem soldados, não há Pátria; sem Pátria, não há liberdade.
Permita-me ainda dirigir algumas palavras às novas gerações que nos acompanham. Que cada jovem brasileiro compreenda que a farda do soldado não é apenas um tecido: é o compromisso, é o dever, é o legado. Que cada cidadão e cidadã entendam que o Exército não é uma instituição distante, mas parte essencial da vida nacional. Guardião da democracia do Estado brasileiro. Soldados do Brasil, soldados de Minas Gerais, recebam hoje, por meio desta solenidade, o reconhecimento do povo mineiro, expresso na voz dos seus representantes nesta Casa. Recebam não apenas o aplauso, mas a certeza de que sua missão é compreendida, valorizada e honrada. Que o exemplo dos pracinhas que tombaram na Itália e dos de hoje, que permanecem firmes em quartéis, fronteiras e missões de paz, inspire-nos sempre. Que jamais falte à Nação o soldado que a defenda. E que jamais falte ao soldado a gratidão da Nação. Muito obrigado.