Pronunciamentos

DEPUTADO BRUNO ENGLER (PL)

Declaração de Voto

Pesar pelo falecimento de Laudemir de Souza Fernandes, gari assassinado no Município de Belo Horizonte. Comenta o atentado que matou o senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe, durante comício, e relembra os atentados sofridos pelo ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Comenta o Projeto de Lei nº 3.344/2021, de sua autoria, que dispõe sobre a imposição de infração administrativa e de multa no caso de depredação a monumentos históricos e culturais situados no Estado de Minas Gerais. Defende punição de depredadores do patrimônio histórico e cultural com a pena de multa, contrapondo-se à prisão dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

49ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 13/8/2025

Palavras do deputado Bruno Engler

O deputado Bruno Engler – Obrigado, presidente Alencar. Quero cumprimentar V. Exa., os colegas que estão neste Plenário e todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, estão acompanhando a nossa reunião. De maneira semelhante a muitos colegas, lamento o brutal e covarde assassinato que ocorreu aqui, em Belo Horizonte, de um gari que estava trabalhando honestamente quando foi executado. E nós defendemos punições duras. Inclusive, recentemente, no Congresso Nacional, a direita votou por punições mais duras para crimes hediondos. E homicídio por motivo torpe, que é o caso, é um crime hediondo. Eles dizem que nós somos violentos, deputado Sargento Rodrigues, mas a família de político que está chorando a perda de um ente querido é a família de Miguel Uribe, que sofreu um brutal atentado no dia 7 de junho por ser oposição ao governo esquerdista de Gustavo Petro e por estar bem nas pesquisas para presidente da Colômbia, fato que lamentavelmente não é exceção. Em 2018, quando Jair Bolsonaro liderava as pesquisas no Brasil, sofreu uma facada. Quando Trump liderava as pesquisas nos Estados Unidos, sofreu um tiro, um atentado contra a sua vida. Felizmente, nem Jair Bolsonaro nem Trump vieram a falecer, mas Miguel Uribe não resistiu. A gente vê líderes de direita sendo atacados, vitimados por uma esquerda radical, canalha, que, quando vê que vai perder nas urnas, parte para a violência e para a morte. E depois dizem que nós, de direita, é que somos violentos. Queria também adentrar, como foi dito, na questão da adultização infantil, assunto muito importante de que sempre tratamos. Quando a gente defendeu castração química para estuprador e pedófilo, a turma de lá foi contra porque feria os direitos humanos. Então não vamos usar esse tema tão importante como pretexto para censura, mas, sim, para combater o que deve ser combatido. Também quero falar do meu Projeto nº 3.344/2021, que foi aprovado nesta Casa e prevê multa para a depredação de patrimônio público. Eu tive que lidar com as risadinhas, com o deboche, do pessoal da esquerda falando do 8 de janeiro e que isso deveria ser aplicado a esse pessoal. Beleza então. Vamos tirar a condenação? Vamos tirar da cadeia a Débora e todos aqueles que estão injustiçados e aplicar-lhes multa. Por que não? Eu acho justo. Este projeto aqui é de 2021, é anterior ao 8 de janeiro. Ele surgiu num contexto em que militantes de esquerda, no Estado de São Paulo, tacaram fogo na estátua do bandeirante Borba Gato. Algum daqueles envolvidos nesse ato está preso? Não está! Estão todos soltos, gozando da sua liberdade. Então, numa democracia, o que a gente pressupõe é isonomia. O que não dá para ter é uma mãe de dois filhos condenada a 14 anos porque riscou uma estátua com batom, um senhor condenado a 17 anos porque se sentou na cadeira do ministro, sendo que, em 2006, o MST invadiu o Congresso Nacional, feriu diversos seguranças – inclusive, um deles teve uma fratura no crânio – e ninguém foi preso; em 2017, o MST tacou fogo no Ministério da Agricultura e ninguém foi preso; em 2014, o MST tentou invadir o Supremo Tribunal Federal, feriu policiais e causou a suspensão de uma sessão, e ninguém está preso. Ninguém aqui é a favor de depredação de patrimônio público, não. Mas vamos tratar a depredação como depredação. Aqui a gente prevê a punição adequada, que é a multa. O que não dá para ter e o que a gente está vendo na nossa democracia de mentirinha são dois pesos e duas medidas. Quer dizer, para o MST, é uma bela “passada de pano” e nada acontece; para o pessoal do 8 de janeiro, mais de uma década de cadeia porque riscou estátua com batom e sentou numa cadeira. Então aqui não há incongruência nenhuma, não há hipocrisia nenhuma, muito pelo contrário, vamos punir por depredação o que é depredação e tratar todos com o mesmo peso, porque é isso que a justiça pressupõe e é isso que a gente não está vendo no nosso Brasil.