DEPUTADO NORALDINO JÚNIOR (PSB)
Declaração de Voto
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 12/07/2025
Página 45, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 883 de 2019
16ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 10/7/2025
Palavras do deputado Noraldino Júnior
O deputado Noraldino Júnior – Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste. Sra. Presidente, hoje é um dia muito importante para a causa animal no Estado de Minas Gerais. Eu quero agradecer a todos os deputados porque hoje, volto a dizer, é um dia marcante para a causa animal. Hoje, esta Casa, por meio de propostas de nossa autoria, junto com a deputada Ione, colocou fim a uma prática que traz sofrimento aos animais, que traz abandono aos animais, e o Estado de Minas é o primeiro estado do Brasil que falou: “Fim! Chega!”. Os animais não serão explorados mais para fins de segurança privada e segurança pessoal, salvo os animais que atuam nas forças de segurança. Quero agradecer a todos, em especial a nossa deputada Amanda, que também tem uma ligação muito forte com a causa animal. Quero dar os parabéns ao trabalho da sua mãe, Janaina, vereadora da cidade de Belo Horizonte. E quero dizer que o Estado de Minas Gerais disse: “Não! Chega!”. Essa realidade de fazer com que os animais sejam bravios, de condicioná-los a serem agressivos para fazer a segurança privada e pessoal, levando-os a atacar as pessoas, faz com que muitos desses animais sejam abandonados quando eles não têm mais utilidade para essa prática. Quantos de nós, em todas as nossas cidades, vemos um crescimento significativo desses animais bravios que foram abandonados? Na maioria das vezes, são os pit bulls, rottweilers, dobermanns, pastores e outras raças de animais bravios, que foram descartados por terem sido condicionados a serem animais não dóceis. Esses animais são explorados durante toda a vida e depois são abandonados. Não são todos, mas é a grande maioria. Um deputado chegou perto de mim e falou assim: “Mas, deputado, eu conheço uma pessoa que desenvolve esse tipo de trabalho e garante o bem-estar dos animais”. Então eu lhe perguntei: “Há quanto tempo ele desenvolve esse trabalho?”. Deputada Leninha, a resposta dele foi a seguinte: “Há aproximadamente uns quinze anos!”. Depois perguntei a ele quantos animais essa pessoa tem hoje, e ele me respondeu: “Ele deve ter, mais ou menos, uns quinze”. Por fim, perguntei a ele: “E os que não mais trabalham?”. Ele respondeu: “Ah, não, todos trabalham!”. Mas eu queria saber a respeito dos que não trabalhavam, dos que não mais aguentavam trabalhar. Qual foi o fim deles? Ele não soube me falar. É porque o fim é esse mesmo. O fim é o abandono, o sofrimento. Animais condicionados a serem bravios, sem possibilidade de convivência com o ser humano, nem mesmo com outros animais, são os animais que são utilizados para esse fim. Graças a Deus, com o apoio desta Casa, hoje o Estado de Minas Gerais e a Assembleia Legislativa disseram “Chega!”. Em Minas Gerais, não aceitaremos mais essa prática. Nós demos o prazo de um ano para que a adequação aconteça e para que o destino desses animais seja um destino respeitoso e digno. Eles merecem dignidade! Nós falamos por eles. Um grande abraço a todos.