Pronunciamentos

DEPUTADO CAPOREZZO (PL)

Discurso

Transcurso do 250º aniversário de fundação da Polícia Militar de Minas Gerais - PMMG.
Reunião 13ª reunião ESPECIAL
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 31/05/2025
Página 39, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas RQN 1621 de 2023

13ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 29/5/2025

Palavras do deputado Caporezzo

Boa tarde, presidente; boa tarde a todos os presentes. Primeiramente, quero parabenizar o deputado Sargento Rodrigues. Sargento Rodrigues, aproveito para fazer um testemunho público: fui seu eleitor, quando soldado da Polícia Militar. Em momento nenhum, perdi o meu voto, muito pelo contrário. E, hoje, na condição de deputado estadual, eu sou testemunha de que o Sargento Rodrigues é um guerreiro na defesa da classe. E essa emoção que os senhores e as senhoras viram mostra o amor que ele tem dentro do coração pela polícia. Sargento Rodrigues, minha continência e meu respeito!

É motivo de muita felicidade e de muito orgulho, para mim, ser cabo da Polícia Militar. Eu sei que ser policial, na verdade, é exercer a profissão de herói, de combater o que existe de pior de escória criminosa em nossa sociedade e, muitas vezes, ganhar como recompensa a incompreensão. Nós somos os cães pastores do rebanho; protegemos as ovelhinhas da ação dos lobos, que são os criminosos, que são os bandidos, mas, muitas vezes, uma parte da sociedade olha para o lobo e para o policial e vê que, fisicamente, os dois se parecem. Um se parece um pouco com o outro. Falam: “Nossa, um é violento e o outro também”. Nós temos a tradição de mudar o nome da violência que utilizamos: chamamos de uso da força. Eu sou contra isso, pois acho que atrapalha na hora de explicar que você não prende um vagabundo com palavras doces. Você tem, sim, o direito de dar um soco nele, de dar um chute nele, de agarrá-lo pelo pescoço e, se for necessário, dar-lhe um tiro. Porque se é para alguém morrer, eu prefiro o vagabundo, e não o policial.

Infelizmente, há uma certa casta de políticos aqui dentro que gosta de questionar toda vez que tomba um bandido na rua: “Algum policial se machucou?”. Parece que é obrigado que o policial vá para a rua para tombar ferido, para se machucar na hora de prender um bandido. E não existe como uma sociedade prosperar sem valorizar o sacrifício dos seus heróis. Eu não aceito que falem que o policial militar é só mais um servidor público. Não! A sociedade brasileira nunca vai melhorar enquanto nós não fizermos como se faz nos Estados Unidos. Este é o meu sonho para a Polícia Militar e para as forças de segurança pública neste país, ou seja, que a nossa sociedade olhe e fale: “Esse servidor da segurança pública é o único juramentado a, se necessário for, sacrificar a própria vida na defesa da sociedade”.

E muitos tombam, nesse momento, para defender a sociedade. Quantos saem de casa todos os dias e dizem, ao beijar o pai, ao beijar a mãe, ao beijar os filhos: “Olha, eu não sei se eu vou voltar”. Esse é o preço da profissão policial militar, é o preço da entrega, é o preço do heroísmo, é o preço de colocar a sua própria vida em risco. Para quê? Para servir e proteger. Então eu me vejo neste momento como suspeito por ser cabo da Polícia Militar, porque o que eu estou falando independe completamente do cargo que ocupo. Estou falando com a pura consciência. Os policiais militares são heróis do nosso país. E a única linha que impede que o crime domine este País se chama Polícia Militar – claro que também as demais forças de segurança pública, mas dou ênfase à polícia por ter o maior efetivo e, no caso, à Polícia Militar de Minas Gerais em específico, por ter a maior história em termos de polícias do Brasil.

Então, da minha parte, quero que todos os senhores e senhoras me vejam sempre como um servo. Estou aqui para dar voz a muitos que não podem tê-la, para questionar o fato de muitas vezes o policial ir prestar esclarecimento ao Poder Judiciário e algumas pessoas lhe perguntarem: “Por que você deu um tapa a mais no vagabundo? O que aconteceu? Tadinho do bandido!”. Mas não veem que muitas vezes esse policial que está lá é pai, vê o criminoso abusar de uma criança, abusar de uma mulher indefesa e tem que agir como se fosse um robô que não tem sentimento. Existe um homem. Existe uma mulher dentro da farda que merece respeito, que sacrifica a sua vida para poder exercer essa atividade tão nobre de servir e proteger.

Então, a todos os senhores e a todas as senhoras, na pessoa do Cel. Frederico, comandante-geral, uma pessoa que tem o meu respeito, eu deixo a minha continência e o meu respeito. E reafirmo: estou a total disposição de todos vocês. Que Deus abençoe a nossa Polícia Militar. Força e honra!