Pronunciamentos

DEPUTADO BRUNO ENGLER (PL)

Discurso

Comenta fraude no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS -, contestando as acusações de que o esquema de descontos indevidos em aposentadorias teria começado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Reunião 27ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 15/05/2025
Página 36, Coluna 1
Aparteante AMANDA TEIXEIRA DIAS, EDUARDO AZEVEDO, CAPOREZZO
Indexação

27ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 13/5/2025

Palavras do deputado Bruno Engler

O deputado Bruno Engler – Obrigado, Sr. Presidente. Uma boa tarde para o senhor; uma boa tarde para todos os colegas que aqui nos acompanham e para todos aqueles que de alguma forma acompanham a nossa reunião. Quero cumprimentar, de maneira especial, a deputada Lohanna, na figura de quem cumprimento todas as deputadas que sofreram essa situação tão delicada. Eu acho que uma situação de ameaça, de violência sobrepassa qualquer diferença ideológica. A gente fica feliz que a justiça esteja sendo feita. A Justiça, no nosso país, via de regra, é tão morosa, tão demorada e tantas vezes injusta, e a gente torce para que, nesse caso, não seja dessa forma, que a gente tenha uma punição exemplar a fim de que esse tipo de situação não se repita.

Eu pedi a palavra para tratar de um tema que considero muito importante. Gente, até quando vocês vão acreditar nas mentiras do PT? A narrativa agora é que o escândalo do INSS é culpa do Bolsonaro, bem naquela do “a culpa é minha, e eu a coloco em quem eu quiser”. Chegam ao disparate de dizer: “Lula salvou o INSS”! É quase que falar que Suzane Richthofen salvou os pais. É uma situação absolutamente vexatória, uma narrativa que não para em pé. Vamos aos fatos? Primeiro vamos entender o que é o escândalo do INSS. O escândalo do INSS é o seguinte: sindicatos apontavam falsamente beneficiários e começavam a fazer descontos ilegais nas contas de aposentados. Aí eu pergunto: qual presidente é, historicamente, ligado aos sindicatos, surgiu como sindicalista no ABC Paulista, o Lula ou o Bolsonaro?

Aí a gente pode aprofundar ainda mais essa questão. Para evitar essa fraude no INSS, no ano de 2019, no primeiro ano do seu mandato, o presidente Bolsonaro propôs a MP nº 879/2019, que visava justamente instituir ferramentas de controle e que estipulava um prazo para que cada aposentado se manifestasse, anualmente, concordando com esses descontos. Sabe quem foi contra? Todos os partidos de esquerda. Eu puxei a votação no Congresso Nacional. Foi uma votação simbólica, por orientação. O PT orientou “não” contra esse mecanismo de controle, o Psol orientou “não”, o PCdoB orientou “não”. Todos os partidos de esquerda, toda a escória da política brasileira se uniu contra esse mecanismo de controle proposto pelo presidente Bolsonaro. Depois, essa mesma MP foi votada no Senado Federal. No Senado Federal, a votação é nominal. Todos os senadores do PT votaram contra: Humberto Costa, Jaques Wagner, Jean Paul Prates, Paulo Paim, Paulo Rocha, Rogério Carvalho. Todos votaram contra. De bônus, ainda se pode colocar aí o Randolfe Rodrigues, que adora falar mal do presidente Bolsonaro e também votou contra a MP nº 871/2019.

Agora, para além disso, a gente não está falando só de sindicatos em geral. Um dos principais sindicatos envolvidos no esquema é o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos. E sabem quem é o vice-presidente desse sindicato? Frei Chico, irmão do Lula. Ou será que agora ele não vai ser mais irmão do Lula? Porque o Lula é mestre em falar que as coisas não são dele. O sítio não é dele, o tríplex não é dele e, daqui a pouco, o irmão vai ser de um amigo ou então vai ser irmão do Bolsonaro. Para completar a farsa que é essa narrativa mentirosa do PT, estourou o escândalo do INSS. E o que a oposição, o que os bolsonaristas fizeram? Falaram: “Vamos investigar. Vamos fazer uma CPMI para que a gente possa chegar até a raiz do problema”. Porém, o governo Lula e a sua base são radicalmente contra, articulam dia e noite contra a CPMI. Ora, se o culpado é o Bolsonaro, por que eles não querem a investigação?

Então raciocinem comigo, vamos pensar juntos: os petistas querem convencer você de que o Bolsonaro, que fez uma medida provisória colocando mais ferramentas de controle de fraudes no INSS, fez um esquema de corrupção para beneficiar o sindicato do irmão do Lula. Ora, eles, que votaram contra os mecanismos de controle e são contra a investigação, são os verdadeiros defensores do INSS. Isso é olhar na sua cara, olhar no seu olho e dizer: “Você é idiota, você é imbecil. Eu não respeito a sua inteligência, então vou falar qualquer bobagem aqui, e você vai acreditar”. Não deixe que o façam de otário, não caia nas mentiras do PT!

Infelizmente, todos os governos petistas são marcados por escândalos de corrupção que batem recorde atrás de recorde. Tivemos o escândalo do mensalão que, à época, era o maior escândalo de corrupção da história do Brasil; depois tivemos o “petrolão”, que se tornou então o maior escândalo de corrupção da história do Brasil; e agora temos o “aposentão”, que nós nem sabemos até onde os números vão chegar, mas que pode vir a se tornar novamente o maior escândalo de corrupção da história do nosso país. Então, Lula, pode pedir música no Fantástico. Em três governos, por três vezes ele bate o recorde trazendo os maiores escândalos de corrupção da história do Brasil, assaltando na cara dura o povo brasileiro.

A deputada Amanda Teixeira Dias (em aparte) – Muito obrigada, deputado Bruno. Eu fiquei sabendo que foi instaurada uma CPI no Senado e aí pensei: com certeza é para investigar a fraude no INSS, porque os números já podem chegar a até R$90.000.000.000,00. Mas, não. É uma CPI com alvo de perseguição política.

A influenciadora Virgínia Fonseca, que é cristã, mãe, empreendedora tudo o que a esquerda odeia, tudo o que esse desgoverno socialista quer destruir compareceu ao Senado, mas ela não cometeu crime algum. Eu creio que ela pode repensar essa questão de divulgar ou não Bets, mas a gente não pode deixar que o nosso País transforme também, além das tantas pessoas, celebridades em alvos de perseguição política. Então eu queria prestar aqui a minha solidariedade à Virgínia e dizer que ela gera milhares de empregos, tem uma família linda e, portanto, essa palhaçada que está acontecendo no Senado não tem que existir. O nosso país virou o país das perseguições políticas, e isso uma hora tem que ter um limite.

Por que não uma CPI para apurar a fraude no INSS? Por que não uma CPI para apurar tantos escândalos de corrupção no governo Lula? Como o deputado Bruno falou e eu gostei bastante , o Lula poderia pedir música para o Fantástico. Afinal, três governos e, nas três vezes, os maiores escândalos de corrupção que este país já viu. Muito obrigada.

O deputado Eduardo Azevedo (em aparte) – Deputado Bruno Engler, obrigado e parabéns pelas suas palavras.

Eu venho, na tarde desta terça-feira, à tribuna da Assembleia porque, a cada dia, a gente consegue presenciar e ouvir horrores que são ditos aqui. Eu acho que as pessoas não têm noção daquilo que elas falam. Chega um deputado aqui e usa a tribuna para poder falar que o agro mata e que o agro é tóxico? De onde vem o alimento com que esse deputado se alimenta? Ele é processado somente em laboratório? De onde vem o pão que está na nossa mesa? É impressionante! De onde vem a carne da qual nos alimentamos, as frutas e os laticínios? Vem do agro. Realmente, a cada dia fica mais difícil para o produtor rural, que acorda de madrugada, que vira noite após noite. Eu convivo com ele semanalmente no Ceasa. E, todas as madrugadas, sai da sua roça, da sua fazenda, e vai para lá, para plantar a fim de garantir o sustento da sua família e levar comida até a mesa dos mineiros. E ainda falam que ele é tóxico e que ele mata. Misericórdia! Que Deus tenha misericórdia do País! Que Deus tenha misericórdia, porque, cada vez mais, fica difícil alguém querer realmente produzir neste país se tratamos o agro como vilão.

E ainda ataca os produtores de café. Sabemos que o café impulsiona a economia de Minas Gerais e que Minas Gerais é referência na produção de café. E o imposto que é gerado através dessa cadeia produtiva… Imposto esse que é usado para manter a estrutura desta Assembleia; imposto esse que é usado para pagar o salário de todos os deputados. E ele vem aqui atacar quem realmente produz riqueza dentro deste país, quem enfrenta e quem realmente agarra no cabo da enxada para poder produzir. É muito fácil quando você fala que quem produz mata e quem produz é tóxico se você não faz nenhum esforço. Não foi lá para a ponta para trabalhar de sol a sol como essas pessoas trabalham. Ficar aqui recebendo salário no final do mês fica muito fácil de atacar quem realmente faz a diferença dentro do Brasil. Obrigado, deputado.

O deputado Caporezzo (em aparte) – Obrigado, deputado Bruno Engler. Boa tarde, presidente; boa tarde, colegas deputados estaduais. Vejam a matéria publicada no Estadão: “Uma luz à direita. Iniciativa proposta por Michel Temer abre caminho para redefinir direita brasileira num cenário sem seu o maior líder Jair Bolsonaro”. O nome do movimento seria o quê? Movimento Brasil. Estariam unidos os governadores Tarcísio, Zema, Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior e Eduardo Leite para, caso o presidente Bolsonaro continue inelegível, um deles fazer um acordo para se tornar candidato à presidência da República. E assim, conforme palavras do Temer, criaram uma direita moderada.

Espera aí! Quem Michel Temer pensa que é para se arrogar a posição dessa liderança de movimento? Para começar, é um movimento que não existe. É simplesmente um devaneio das articulações de corredor lá em Brasília. Outra coisa: quem falou que o Bolsonaro não é moderado? A palavra moderado aí é muito interessante, porque o Bolsonaro é o presidente que sempre respeitou a liberdade de imprensa; o Bolsonaro sempre respeitou a independência entre os Poderes e as instituições republicanas; o Bolsonaro sempre afirmou que anda nas quatro linhas da Constituição. Mas ele é considerado o não moderado, o radical, e por qual motivo? Porque ele fala a verdade? Porque ele sempre teve opinião sincera, inclusive ao denunciar os equívocos, os grandes erros, que envergonham a nossa República e o nosso povo? A liberdade de expressão é um pilar fundamental da democracia. O que eles querem não é dizer que o Bolsonaro é radical pelas suas ações, mas, sim, demonstrar que não suportam crítica, o que faz do Brasil uma republiqueta de quinta categoria. O que eles querem é realmente rasgar o direito da discordância e colocar os seus egos acima de tudo.

Então eu sou obrigado a relembrar que não existe esse negócio de prisão para criar um novo líder. Quando prenderam o Lula, não surgiu um novo líder para a esquerda por pior que ele seja? Querem prender o Bolsonaro agora? Nenhum desses nomes vai substituí-lo e sabem por quê? Eu sou obrigado a concordar com o governador Romeu Zema, mas no sentido oposto. O Zema falou que a direita não tem dono. Governador Zema, o senhor está coberto de razão: a direita não tem dono, mas ela tem um líder e é fiel a ele. O seu nome é Jair Bolsonaro. Então o senhor já poderia aproveitar e tomar uma posição, como fez o Tarcísio ao dizer que não há direita sem Bolsonaro. Obrigado. A direita vive em Minas Gerais.

O deputado Bruno Engler – Obrigado, deputado Caporezzo. Agradeço a V. Exa. as contribuições e corroboro suas palavras. A direita tem um líder que não foi escolhido pela imprensa, que não foi escolhido nos bastidores de Brasília, mas escolhido pelo povo brasileiro como alguém que representa os seus valores: Deus, pátria, família e liberdade. Essa liderança é Jair Bolsonaro. Esse desespero deles, em substituí-lo, só mostra que não conseguem dobrá-lo, que não conseguem corrompê-lo e que só querem, de fato, tirá-lo do seu posto de liderança no nosso país, mas eles não conseguirão! A verdadeira direita no Brasil está unida em torno de Jair Messias Bolsonaro, e ponto final. Obrigado, Sr. Presidente.