9ª REUNIÃO ESPECIAL DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 12/5/2025

Palavras da deputada Leninha

Uma boa noite a todos vocês que aqui estão; boa noite também àqueles que nos acompanham por meio dos nossos canais de comunicação, porque muitos de Montes Claros que não puderam estar presentes nesta noite, com certeza, estão acompanhando esta belíssima homenagem, esta sessão solene em memória de D. Marina. Queria, publicamente, externar minha admiração com a belíssima apresentação do Hino Nacional pelas pessoas que compõem, fazem parte do conservatório de música. Queria cumprimentar, de modo muito especial, o nosso presidente Tadeu. Normalmente eu quem estou aí presidindo a reunião especial. Mas eu disse a ele: “Tadeu, essa é uma reunião muito importante”. Ele também considerou se tratar de uma reunião muito importante, por isso ele a está presidindo nesta noite. Isso mostra a grandeza da pessoa de D. Marina, mostra a grandeza do presidente desta Casa em reconhecer que esta noite é uma noite também de muitas homenagens.

Não poderia também deixar de cumprimentar a filha da D. Marina, Antonieta Silva e Silvério, na pessoa de quem cumprimento o João e a Maria. Enfim, nós estamos cumprimentando uma família que construiu conosco a reunião desta noite. Muito obrigada. Acho que faz sentido tudo o que foi apresentado e o que nós vamos viver nesta noite.

Queria cumprimentar também o desembargador Júlio César, que é vice-presidente, mas que, daqui a pouco, virará o nosso presidente - já está eleito presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais; o nosso querido prefeito Guilherme Guimarães, que também está aqui - é muito importante ele se deslocar de Montes Claros para estar conosco nesta noite; a Josiane Miriam de Souza, secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, representando o nosso secretário Leônidas; a Maristela Cardoso, que está compondo conosco a Mesa, mas também rege o coral que cantou - ela compõe esse grupo; o nosso querido amigo Tony David Oliveira, que hoje é o diretor do conservatório; o meu colega de Parlamento e bancada, deputado Gil Pereira, que também é de Montes Claros, do Norte de Minas; o Ricardo Eduardo e a Irene; os netos Jair e Maria; os bisnetos Pietra e Teresa; o sobrinho Roberto; e a minha amiga Dora, representando, neste ato, o reitor da Unimontes.

Daqui eu vejo muita gente importante, muita autoridade deste estado, do Norte de Minas - estou vendo o Tino Gomes, o Gustavo, o Arlindo, o Dr. Paulo César, a nossa ex-deputada Maria Elvira. Enfim, eu não vou nominar todos e todas, mas quero dizer que este é um momento muito importante para todos.

Eu quero, com imensa alegria, de fato, saudar a vereadora Iara Pimentel, minha companheira e parceira também, todos os presentes nesta noite e, de maneira muito especial – eu já disse - todos vocês que aqui estão e que aqueles também que estão nos acompanhando através dos nossos canais de comunicação.

Hoje, de fato, nós nos reunimos aqui para celebrar uma vida, um legado de uma mulher extraordinária: D. Marina Helena Lorenzo Fernândez, cuja luz nos deixou no dia 25 de janeiro deste ano, mas cuja obra permanece viva e pulsante no coração de Minas Gerais. Nascida no Rio de Janeiro - nós já vimos pela pela apresentação do vídeo -, ela escolheu Montes Claros como seu lar, tornando-se uma das maiores guardiãs da arte, da educação, da cultura de nossa região. Como ela mesmo dizia: "Eu sou montes-clarense, modéstia à parte". Com profundo respeito e gratidão, prestamos hoje não apenas uma homenagem, mas um reconhecimento histórico ao seu incansável trabalho. D. Marina foi a força fundadora do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez em 1960 e da antiga Faculdade de Educação Artística - Facearte -, instituições que transformaram vidas e escreveram capítulos essenciais na cultura do Norte de Minas.

D. Marina levou uma vida dedicada à arte e à educação; acreditava que a música e as artes eram ferramentas de liberdade e transformação. Sob sua liderança, o conservatório formou gerações de músicos, professores e artistas, valorizando tanto a música erudita quanto as raízes populares e regionais. O conservatório, com seus inúmeros projetos, chegou às escolas do município, democratizando ainda mais o acesso à arte e à música, transformando realidades e vidas. Além disso, D. Marina impulsionou a criação de corais, grupos musicais e até mesmo o renomado e reconhecido Grupo Folclórico Banzé. Ela não apenas preservou o legado do pai, o maestro Lorenzo Fernândez, mas o ampliou, com sensibilidade e audácia, criando, em 1996, o anexo de Bocaiúva, levando a educação musical a ainda mais mineiros. Sua luta sempre foi pautada pela generosidade. Muitos de nós conhecemos histórias de alunos que, graças à sua dedicação, encontraram na arte um caminho de dignidade e de realização. Marina não media esforços para garantir que o talento regional fosse reconhecido e cultivado.

Esta Casa, a Assembleia de Minas Gerais, tem a honra de acolher esta homenagem, mas também a responsabilidade de reafirmar o compromisso com o Conservatório Lorenzo Fernândez. Essa instituição não é apenas um patrimônio cultural; é o símbolo da resistência e da excelência que precisa ser valorizado, modernizado e fortalecido. Que o exemplo de D. Marina nos inspire a proteger e a investir na educação artística pública, ampliando o acesso à música e às artes para as novas gerações. Honramos a memória dessa pioneira, garantindo que o seu sonho continue vivo. Marina Lorenzo partiu aos 98 anos, mas deixou uma obra que não se mede em tempo, e sim em vidas transformadas.

Como nos escreveu a poetisa Christina Rossetti, "morre quando passa, mas fica o que deixou na estrada". D. Marina deixou uma estrada repleta de melodias, sabedoria e amor pela cultura mineira, norte-mineira e montes-clarense. Ela marcou o nosso DNA, a vocação da cidade de Montes Claros. Que seu espírito guerreiro nos guie, que o conservatório siga sendo farol e que sua história nunca seja esquecida. Obrigada, D. Marina! Montes Claros, Minas Gerais e o Brasil lhe devem gratidão eterna. Muito obrigada.